Marcos Baptista Lopez Dalmau Andressa Sasaki Vaques Pacheco Juliana Tatiane Vital Kelly Cristina Benetti Pedro Antônio de Melo RESUMO

October 28, 2017 | Author: Vanessa Miranda Fidalgo | Category: N/A
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1 O PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO CON...

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Colabor@ - Revista Digital da CVA - Ricesu, ISSN 1519-8529 Volume 6, Número 22, Fevereiro de 2010

O PROCESSO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO CONSIDERANDO A OFERTA DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA Marcos Baptista Lopez Dalmau Andressa Sasaki Vaques Pacheco Juliana Tatiane Vital Kelly Cristina Benetti Pedro Antônio de Melo RESUMO A gestão do conhecimento é entendida como o conjunto de atividades responsáveis por criar, armazenar, disseminar e utilizar efetivamente o conhecimento. Já a educação a distância é uma importante frente da gestão do conhecimento na área da educação, ganhando novos adeptos a cada dia que passa. Sendo assim, com esse crescimento significante, necessita-se de um planejamento e controle adequado. Diante da demanda motivada pelo Ministério de Educação, com a finalidade de atender às necessidades das empresas estatais em termos de qualificação dos seus servidores públicos, a Universidade estudada, em parceria com instituições de ensino superior, participa do projeto de criação de um Curso de Graduação, na modalidade a distância, como um programa da Universidade Aberta do Brasil. Este artigo objetiva analisar as ferramentas do curso a distância sob a ótica da gestão do conhecimento. Quanto à metodologia de estudo, esta pesquisa pode ser classificada como: qualitativa, descritiva, teórica aplicada, estudo de caso, documental, bibliográfica, ex-post facto e participante. No total, foram entrevistados 466 estudantes no término da segunda disciplina do semestre e 393 ao final da terceira disciplina, nos 10 pólos de ensino do curso. A maioria das ferramentas tecnológicas utilizadas no curso não satisfaz as exigências que a gestão do conhecimento requer. Portanto, deve haver uma alteração nos processos, com o objetivo de conferir ao aluno maior visibilidade do seu desempenho, na interatividade com os outros alunos, tutores e professores. Entretanto constatou-se um progresso com o andamento da criação de novo ambiente virtual, por meio de uma equipe especializada. Palavras-chave: Gestão do Conhecimento. Educação a distância. Ambiente virtual.

ABSTRACT The knowledge management is understood as the set of responsible activities for creating, effectively storing, to spread and to use the knowledge. Already education in the distance is an important front of the knowledge management in education, earning new adepts to each day that passes. With this significant growth, it is needed a planning and it has controlled adequate. Ahead of the demand motivated for the Ministry of Education, with the purpose to take care of to the necessities of the state-owned companies in terms of qualification of its public servers, the Federal University studied, in partnership with superior education institutions, participates of the project to create a Course of Graduation in Administration, by distance, as a program of the Open University of Brazil. This objective article in the distance to analyze the tools of Administration’s course by the knowledge management optics. This study was characterized as: predominantly quantitative, documentary, bibliographical,

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participant, descriptive, ex-post-fact and study of case. To this research, 466 students had been interviewed in discipline of Administration and 393 in Science Politics. The majority of the used technological tools in the course do not satisfy the requirements that the management of the knowledge requires. Therefore, it must have a change in the processes, with the objective to confer to the pupil biggest visibility of its performance, interaction with the other pupils, tutors and professors. However one evidenced that happens already is the creation of a new the virtual environment. Key-words: Knowledge Management. Distance Education. Virtual environment. 1 INTRODUÇÃO No cenário do século XXI, observa-se uma transição de uma era industrial para outra baseada no conhecimento, e, segundo Viana e Freitas (2002), esta se desenvolve no contexto de uma revolução tecnológica que possibilita movimentos de circulação de informações com velocidade e intensidade jamais previstas na história. Com o mundo globalizado e diante desta nova realidade, insere-se a necessidade de formação contínua dos profissionais. Dessa maneira, a modalidade de Educação a Distância é vista como uma estratégia emergente na busca de alternativas para este propósito. Portanto, a gestão do conhecimento se insere nesse contexto como uma importante ferramenta para potencializar e promover o compartilhamento de informações e conhecimentos entre diferentes grupos. No que tange a educação a distância, esse processo torna-se fundamental. Porém, para que os objetivos sejam atingidos, além de uma metodologia adequada para a aprendizagem, faz-se necessário a viabilidade por meio das novas tecnologias de informação e comunicação, principais responsáveis pelo crescimento da modalidade a distância. O presente artigo tem como objetivo principal a identificação das ferramentas utilizadas no curso de graduação em de uma universidade pública federal para a gestão do conhecimento e demonstrar como o processo é realizado, desde a criação até a disseminação do conhecimento. Promover a criação, o armazenamento e a disseminação de conhecimentos em cursos a distância faz com que o processo de aprendizagem seja maximizado e os resultados geridos para melhor tomada de decisão. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Essa seção trará informações acerca da gestão do conhecimento e da educação a distância, seus conceitos, bem como suas formas de organização e as tecnologias usadas nos processo de ensino-aprendizagem, estas que, devido a separação física, compõem o elo entre estudantes e professores, possibilitando assim, a troca de informações e a construção da aprendizagem. 2.1 O CONHECIMENTO Definir o que realmente é conhecimento é uma tarefa desafiadora, considerando que o conhecimento reside apenas na mente dos indivíduos e ao mesmo tempo poder ser capturado, armazenado e compartilhado (SPIEGLER, 2002). Isso faz com que o conceito de conhecimento não seja consensual, sendo que várias são as definições dadas pelos autores. Para Sveiby (1998, p.43), o conhecimento pode ser entendido como "uma capacidade humana, de caráter tácito, orientado para a ação, baseado em regras, individual e em constante

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mutação. Seu conteúdo é revelado em ações de competência individual, isso porque, na prática, essa se expressa por meio de conhecimento explícito, habilidade, experiência, julgamento de valor e rede social". Angeloni (2003, p.20) define que conhecimento corresponde ao agrupamento articulado de informações por meio da legitimação empírica, cognitiva e emocional, não podendo ser considerado apenas como um agrupamento de informações. Na visão de Davenport e Prusak (1998), o conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, que proporciona uma estrutura para embasar a avaliação e incorporação de novas informações ou experiências. Já para Nonaka e Takeuchi (1997) o conhecimento é como um processo dinâmico utilizado para justificar a crença pessoal em relação à verdade, produzido (ou sustentado) pela informação. Nesse contexto, o conhecimento significa perceber e interpretar as informações, com base no aprendizado e experiências vivenciadas anteriormente, sendo que esse, segundo Nonaka e Takeuchi (1997), é classificado conhecimento em tácito e explícito. Para os autores, o conhecimento tácito é aquele pessoal, específico a um determinado contexto, sendo assim difícil de ser formulado e transmitido. Esse tipo de conhecimento inclui aspectos cognitivos e técnicos. Já o explícito, conforme visão de Teixeira Filho (2000), está registrado de alguma forma e, desse modo, disponível para as demais pessoas. Sendo, portanto, codificado e transmissível em linguagem formal e sistemática (NONAKA e TAKEUCHI, 1997). Para a criação de tais conhecimentos, Nonaka e Takeuchi (1997) afirmam que essa ocorre através das diferentes formas de conversão do conhecimento a serem apresentadas a seguir. a) Socialização: Tácito para tácito. Segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p.69), este processo pode ocorrer através: “da linguagem, observação, imitação e prática no qual a simples transferência de informações fará pouco sentido se estiver dissociada das emoções e dos contextos específicos nos quais as experiências compartilhadas estão embutidas”. Através da socialização é gerado o conhecimento compartilhado. Nesse processo, a aquisição de conhecimento dá-se através da troca de experiências, fazendo-se o chamado brainstorming, no qual um indivíduo compartilha experiências com os demais do grupo e se coloca na posição daquele que executa a atividade, podendo aprender, in loco a partir de uma experiência real. b) Externalização: Tácito para explícito. É o processo no qual o conhecimento tácito é expresso através de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses e modelos, tornando-se explícito. A escrita, neste contexto, pode ser considerada como uma forma de conversão do conhecimento, mesmo que nessa “transferência” possa haver discrepâncias e lacunas. Por meio desta forma de conversão é gerado o conhecimento conceitual (NONAKA e TAKEUCHI, 1997). O conceito pode ser criado através do diálogo e da reflexão coletiva, combinando, assim, a dedução e a indução. c) Combinação: Explícito para explícito. Segundo Angeloni (2003, p.17), a combinação “é um modo de conversão do conhecimento que envolve a junção de diferentes conjuntos de conhecimentos já explicitados. São usados documentos, redes de computadores, conversas e reuniões como meios para combinar os diferentes conhecimentos”. A combinação utiliza a tecnologia da informação para combinar conhecimentos explícitos. Indivíduos trocam e combinam conhecimentos também através da educação e treinamento, gerando o conhecimento sistêmico. d) Internalização: Explícito para tácito. A internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao tácito, sendo a aprendizagem uma maneira de

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efetuar esta conversão. Consiste em incorporar o conhecimento nas atividades operacionais da empresa visando um resultado prático (SANTIAGO JR., 2004). Para que o conhecimento seja internalizado são necessárias a verbalização e diagramação do conhecimento sob forma de documentos, manuais ou histórias orais (NONAKA e TAKEUCH, 1997). Ouvir experiências alheias é um meio de compartilhamento de conhecimento tácito, que passa, então, a ser da organização. Todo o conhecimento obtido nos processos anteriormente descritos – socialização, externalização e combinação – têm ainda mais valia quando internalizados nas bases do conhecimento tácito dos indivíduos, a partir do “aprender fazendo” (SANTIAGO JR., 2004). A criação do conhecimento em uma organização é produto de uma interação contínua e dinâmica entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa interação é caracterizada pelas mudanças entre diferentes modos de conversão do conhecimento, que por sua vez são induzidas a vários fatores. Esse processo cíclico caracteriza a espiral do conhecimento, proposta por Nonaka e Takeuchi (1997). A espiral do conhecimento inicia-se através da troca de experiências entre os indivíduos (socialização), que são por sua vez, formalizadas através da criação de conceitos e modelos (externalização), transformando o conhecimento tácito em explícito. Na etapa seguinte, o conhecimento formalizado é acessado e combinado possibilitando a geração de novos conhecimentos (combinação), que por sua vez são aprendidos pelos indivíduos, momento em que o conhecimento explícito se transforma em tácito (internalização). Para tanto, essas etapas devem ser planejadas e estruturadas para um melhor aproveitamento do conhecimento, sendo, portanto, necessário a coordenação das mesmas para que os objetivos traçados sejam alcançados. Conferir uma metodologia adequada e geri-la torna o processo mais confiável e otimizado. 2.2 A GESTÃO DO CONHECIMENTO Teixeira Filho (2000) define gestão do conhecimento como “uma coleção de processos que governa a criação, disseminação e utilização do conhecimento para o alcance pleno dos objetivos organizacionais”. Já para Angeloni (2003), a gestão do conhecimento é entendida como o conjunto de atividades responsáveis por criar, armazenar, disseminar e utilizar efetivamente o conhecimento na organização, observando seu aspecto estratégico, tão necessário no ambiente empresarial moderno. Para Terra (2001), a gestão do conhecimento implica a adoção de práticas gerenciais compatíveis com os processos de criação e aprendizado individual e, também, na coordenação sistêmica de esforços em vários planos: organizacional e individual; estratégico e operacional; normas formais e informais. Os processos da gestão do conhecimento são definidos, portanto, a partir da identificação de diversas atividades proximamente relacionadas (PROBST, 2002). Essa abordagem consiste na identificação, aquisição, desenvolvimento, distribuição, utilização, retenção, metas e avaliação do conhecimento. Identificar o conhecimento significa analisar e descrever o ambiente da empresa (PROBST, 2002). O conhecimento, tanto interno quanto externo, não é automaticamente visível. A identificação seletiva do conhecimento produz um nível de transparência que possibilita aos colaboradores de uma organização encontrarem seus pontos de apoio e ganhar acesso ao ambiente de conhecimento externo. O segundo passo é a aquisição do conhecimento. As organizações, devido ao rápido crescimento e fragmentação do conhecimento, não conseguem desenvolver sozinhas o knowhow de que necessitam. Em muitos casos importam parte substancial do seu conhecimento de fontes externas, através de relacionamentos com clientes, fornecedores, concorrentes e

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parceiros, suprindo as lacunas de conhecimento (PROBST, 2002). O conhecimento adquirido não precisa ser recém-criado, mas apenas ser novidade para a organização. São duas as formas de aquisição do conhecimento: por meio da compra (maneira mais direta e geralmente mais eficaz de se adquirir o conhecimento), isto é, contratar indivíduos que o possuam ou adquirir uma organização; ou através do aluguel, que significa realmente alugar uma fonte de conhecimento. Um exemplo para esta modalidade de aquisição de conhecimento seria a contratação de um consultor para um projeto (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Então, o conhecimento precisa ser desenvolvido observando alguns aspectos. O desenvolvimento do conhecimento interno tem sentido econômico se for mais barato do que sua compra no mercado externo; e sentido estratégico, se a organização precisar reter o controle de competências essenciais. Tradicionalmente o desenvolvimento de conhecimento é visto como um produto de departamentos de pesquisa e desenvolvimento. Os gestores de conhecimento devem também analisar outras atividades da empresa e os processos que criam conhecimento novo para toda a organização (PROBST, 2002). Na abordagem do desenvolvimento do conhecimento individual, Probst (2002) aponta a criatividade (capacidade de produzir idéias e soluções novas) e a capacidade individual de resolver problemas, como dois mecanismos que interagem entre si para o desenvolvimento de novos conhecimentos. Destaca-se que somente onde existem interação e comunicação, transparência e integração, pode-se fazer o conhecimento individual tornar-se coletivo. Depois de desenvolvido, o conhecimento deve ser distribuído. O compartilhamento e a distribuição do conhecimento correspondem à transferência do conhecimento por meio de trocas pessoais entre indivíduos. Dependendo do contexto, a partilha e distribuição do conhecimento podem representar o processo de distribuição de conhecimento para um determinado grupo, ou a transferência entre indivíduos dentro de equipes ou grupos de trabalho (PROBST, 2002). Davenport e Prusak (1998) salientam que o conhecimento é transferido nas organizações independentemente de um processo sistematizado de compartilhamento ou distribuição de conhecimento. Sveiby (1998) define dois modos distintos para o compartilhamento de conhecimentos: por meio da informação ou da tradição. Segundo o autor, por meio da informação o conhecimento é compartilhado de forma indireta (palestras, apresentações audiovisuais, manuais, livros). Pela tradição, o conhecimento é compartilhado de forma direta; assim, o receptor participa da transferência, que acontece de indivíduo para indivíduo, através do aprendizado prático. O objetivo fim da gestão do conhecimento é assegurar sua aplicação para o alcance de benefícios (PROBST, 2002). Para Cimbalista (2001) não adianta investir na criação do conhecimento se não houver uma cultura de pesquisa voltada para o aproveitamento ou utilização desse conhecimento. Apesar das barreiras existentes quanto ao uso do conhecimento, relacionadas principalmente à questão de cultura e valores não adequados à era do conhecimento, acreditase que com a criação ou adaptação de uma infra-estrutura favorável, ou então uma abordagem mais integrada consiga-se minimizar tais obstáculos. Para assegurar-se de que o conhecimento aplicável será mantido, acontece a retenção seletiva de conhecimentos, que requer gestão (PROBST, 2002). A retenção de conhecimento pode ser entendida por um conjunto de processos: seleção, armazenamento e atualização. A seleção corresponde à análise de conhecimentos, experiências e competências que devem ser conservadas. O processo de armazenamento exige uma atenção especial quanto à definição da forma adequada na qual o conhecimento deve ser salvo na base de conhecimentos. De acordo com Probst (2002), três são os meios de armazenamento: colaboradores individuais (através da manutenção dos especialistas na empresa), grupos (pelo

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fato de a memória do grupo ser superior àquelas dos indivíduos) e computadores (pela capacidade ilimitada de armazenamento). Somente quando o conhecimento armazenado puder ser recuperado e sua qualidade for aceitável é que o processo de armazenamento cumpriu seu objetivo. Por fim, a atualização tem como objetivo a manutenção da qualidade e atualidade dos conhecimentos armazenados na base, para a tomada de decisão acertada baseada nos conhecimentos disponíveis na organização. Como os demais processos de gestão, deve-se estabelecer metas para o conhecimento, que direcionam a sua própria gestão, estabelecendo quais habilidades ou conhecimentos devem ser desenvolvidos e em que níveis (PROBST, 2002). As metas do conhecimento podem ser caracterizadas em metas normativas (que pretendem criar uma cultura ciente do conhecimento, na qual as habilidades das pessoas são compartilhadas e desenvolvidas); metas estratégicas (que estabelecem o conhecimento essencial, bem como quais conhecimentos serão necessários no futuro) e metas operacionais (que convertem as metas normativas e estratégicas em objetivos concretos). Com a finalidade de decidir se as metas de conhecimento foram atingidas, a última etapa consiste em avaliar o conhecimento. Se o conhecimento não é medido, o ciclo de gestão de conhecimento fica incompleto. O objetivo da medição do conhecimento é fornecer informações aos administradores que são necessárias para a tomada de decisão sobre a gestão do conhecimento. Para que o conhecimento possa ser medido, Probst (2002) sugere que “cada organização deve elaborar seu próprio conjunto de indicadores, adequado às suas próprias circunstâncias, para registrar e controlar as variáveis que sejam importantes para ela”. Gerir o conhecimento é uma atividade que requer metodologias adequadas, planejamento estruturado, para que os objetivos organizacionais sejam alcançados em qualquer área de atuação. No que diz respeito à educação, o assunto torna-se ainda mais importante, pelo fato de que a aprendizagem é o objetivo final desse tipo de instituição. Sendo que, além de uma proposta pedagógica consistente, é necessário a coordenação dos procedimentos adotados para a criação, armazenamento e disseminação do conhecimento, bem como o controle do mesmo. Quando se trata de educação a distância, a gestão do conhecimento torna-se uma função primordial, dada suas características específicas. Portanto, é necessário o planejamento adequado das atividades para, se não assegurar, pelo menos maximizar a aprendizagem dos estudantes a distância. 3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A tecnologia, aliada à globalização, é uma das principais causas desse novo paradigma da educação, criando novas possibilidades de dinâmicas de informação e comunicação. A educação a distância, a cada dia, ganha novos adeptos, com o desenvolvimento de novas formas de comunicação, tornando possível a metodologia de ensino em lugares e tempos distintos. Muitas são as definições possíveis e apresentadas, mas há um consenso mínimo em torno da idéia de que EAD é a modalidade de educação em que as atividades de ensinoaprendizagem são desenvolvidas majoritariamente (e em bom número de casos exclusivamente) sem que alunos e professores estejam presentes simultaneamente no mesmo lugar (ABED, 2006). Para que se concretize um curso a distância é necessária a implementação de uma infra-estrutura adequada, profissionais capacitados para a realização das atividades de planejamento, elaboração de materiais, avaliação e serviços de apoio aos alunos e professores (MOARES, 2004).

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Nesse sentido, a EAD apresenta-se como um importante instrumento de intercâmbio e articulação de conhecimento e informações entre diferentes comunidades virtuais de aprendizagem, o que demonstra ser um grande potencial pedagógico. Dentre a estrutura proposta ao EAD, pode-se citar o papel do professor e o papel do tutor. O professor tem como função principal elaborar as metodologias utilizadas na sua disciplina, de forma que esta contempla a criação, o armazenamento, a disseminação e o controle do conhecimento. O tutor é o responsável pelo acompanhamento dos estudantes, sendo o elo entre o aluno e o professor. Na gestão do conhecimento na educação a distância, o papel do tutor é de suma importância para a efetivação do processo. É ele quem vai acompanhar com maior proximidade o aluno, quem irá conduzir as discussões, estimular o estudante no seu aprendizado e participar das avaliações do mesmo. Pode-se dizer que a maior parte da troca de informações dá-se entre o aluno e o tutor. Neste sentido, segundo Ramos et al. (2005), o tutor passa a ser um elo entre o virtual e o real, tornando-se assim um gestor do conhecimento, que tem por objetivo estimular e articular o conhecimento, visando atingir a excelência e proporcionar o compartilhamento das informações, envolvendo assim a promoção das relações humanas e do uso da tecnologia voltada para a educação. Para tanto, várias são as ferramentas utilizadas para comunicação e troca de informações no EAD, sendo capazes de gerar o conhecimento almejado pela proposta pedagógica. 3.1 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM A revolução digital, uma das principais mudanças ocorridas na sociedade, não proporciona somente novas formas de comunicação. A união do processamento de dados com as novas tecnologias da comunicação afeta, principalmente, a capacidade de pensar, criar e aprender das pessoas. O educador precisa aprender a ter como aliada essa mudança. Uma das principais ferramentas utilizadas na educação a distância diz respeito ao ambiente virtual de aprendizagem. O espaço virtual em EAD, por sua vez, possibilita um fato que não existe no ensino presencial tradicional, ou seja, a consulta dos trabalhos produzidos por todos os colegas de curso. Esta consulta, longe de ser encarada como algo negativo, deve ser percebida como a possibilidade concreta de se examinar a evolução individual da aprendizagem do aluno consoante com a evolução coletiva do grupo de alunos. Pode ser acrescentado a este fato, a ampliação do conhecimento de forma coletiva, onde uma extraordinária teia de conhecimentos sobre determinado conteúdo pode ser construída (MORAIS FILHO, 2006). O ambiente virtual de aprendizagem é o local especialmente disponibilizado para depositar o material referente às disciplinas, bem como a troca dos mesmos. Ele só é possível graças a rede mundial de computadores, em que pessoas de diferentes lugares participam do mesmo ambiente colaborativo. A importância do ambiente colaborativo está em proporcionar o contato com diversos usuários e ser um ‘local’ onde estes disponibilizam e trocam informações - que podem ser artigos, indicações de sites, imagens, textos em geral, vídeo, entre outros. A possibilidade de uma pessoa enriquecer o seu conhecimento a partir do contato com outras é muito significante. A troca de experiências que se dá na reunião de pessoas, tenham elas interesses iguais ou não, tende a acrescentar a cada uma delas (URIARTE, 2003). O ambiente colaborativo pode ser: uma sala para chat, onde os usuários conversam e trocam informações; um fórum virtual, onde acontecem discussões on-line; um mural, onde são colocadas notícias ou informes; biblioteca virtual onde o professor expõe exercícios para

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os alunos resolverem, textos complementares ao material didático; ferramenta que disponibiliza o contato com o tutor; e qualquer outro ambiente existente na Internet com a finalidade de proporcionar a troca de informações, a colaboração, entre os usuários. No ambiente virtual de aprendizagem a comunicação pode se dar de maneira síncrona ou assíncrona. Diz-se que a comunicação é síncrona quando os usuários estão conectadas ao mesmo tempo no mesmo canal de comunicação, permitindo a comunicação instantânea, como no caso do chat, a videoconferência e o telefone. A comunicação é assíncrona quando não faz necessário essa sincronia de tempo, como no caso do e-mail, fórum, vídeo-aula, mural, biblioteca, entre outros. Dentre as ferramentas utilizadas para gerir o conhecimento nos ambientes virtuais de aprendizagem, pode-se citar algumas: a) O fórum é uma ferramenta que permite a discussão dos integrantes sobre um tema proposto de forma assíncrona. Dessa forma, os estudantes, através dele, têm a oportunidade de trocar idéias e experiências com os outros estudantes, com os professores e com os tutores. O tutor é o responsável por conduzir o debate, para que o mesmo não perca o seu foco principal e também para instigar os alunos à participação. Faz-se necessário uma metodologia para conduzir esse tipo de atividade, onde os assuntos abordados devem ser relevantes e estimulantes à discussão por parte dos alunos. A vantagem do fórum é que o número de participantes pode ser grande, gerando assim debates com opiniões das mais variadas possíveis. Outra vantagem é que as mensagens postadas ficam registradas para que qualquer usuário tenha acesso em qualquer tempo, podendo ser respondidas por quem o visita, e com isso, o professor pode ter um histórico do debate e acompanhamento dos alunos com maior facilidade. A conveniência do fórum é que, como tudo fica disponível todo o tempo, não é necessário que as pessoas que o freqüentam estejam on-line no momento em que uma questão é enviada e nem que a pessoa que a postou esteja on-line no momento em que ela foi respondida. Os problemas que podem ser encontrados dizem respeito à fuga do tema e a baixa interação, sendo essencial a participação do tutor nesse sentido. b) O chat é uma ferramenta de comunicação síncrona em modo texto que permite que as discussões se dêem de forma mais interativa, podendo ser coletiva ou individualizada. A comunicação é coletiva quando os usuários enviam e recebem mensagens de todos os usuários conectados ao canal. Por meio da comunicação individual, é possível o usuário escolher um integrante específico do canal para comunicar-se direta e exclusivamente com ele. Também é possível comunicar-se individualmente com mais de um usuário simultaneamente, mantendo conversas paralelas. Outra vantagem do chat é a possibilidade de marcar reuniões com professores, tutores e estudantes em horários pré-determinados e poder discutir sobre assuntos em tempo real, aproximando-se dos debates realizados em sala de aula. Tal funcionalidade não é fornecida pelo fórum. Para se conduzir uma atividade com o chat, deve haver uma metodologia para que se alcance os objetivos e as turmas devem ser pequenas. Uma desvantagem do chat é a de que todos os usuários devam estar conectados ao mesmo tempo, rompendo com a flexibilidade de horários. Há ferramentas de “log de chat” onde as conversas são gravadas e o aluno pode consultar depois o que foi discutido, bem como o professor fazer o acompanhamento dos debates. c) A videoconferência é tecnologia que permite fazer virtualmente reuniões, treinamento, aulas, defesa de Tese, conferências ou debates com som e imagem em tempo real e interatividade entre os participantes, através de uma comunicação via Internet ou outro link de comunicação de alto desempenho. Com a videoconferência os participantes estão em locais diferentes, mas podem ver e ouvir uns aos outros como se estivessem num mesmo local. Esses sistemas permitem que se

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trabalhe de forma cooperativa, compartilhando informações e materiais de trabalho sem a necessidade de locomoção geográfica. A maioria das videoconferências atual envolve o uso de uma sala em cada localidade geográfica, dotada de uma vídeo-câmera especial e facilidades para apresentação de documentos. Em geral, a videoconferência tradicional requer interconexão especial através do telefone ou Internet com grande largura de banda. d) O FAQ (Frequently Asked Questions), que significa Perguntas Freqüentes é uma ferramenta on-line muito utilizada na educação a distância. Ela é adotada numa tentativa de reduzir o número de perguntas semelhantes colocadas. Tem como vantagem a disponibilização dessas informações aos estudantes por tempo não determinado. As perguntas e respostas devem estar organizadas de uma forma lógica e as mesmas devem apresentar objetividade e clareza. e) Os exercícios de aprendizagem servem como atividades individuais ou coletivas que tem como objetivo principal acompanhar o desenvolvimento do aluno acerca dos conteúdos abordados nas disciplinas e mensurar o seu aprendizado. Geralmente são disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem, com tempo pré-determinado para sua realização. De acordo com Litwin (2001), estudar o desenvolvimento da educação a distância requer a identificação de uma modalidade de ensino com características específicas, isto é, uma maneira particular de criar um espaço para gerar, promover e implementar situações em que os alunos aprendam. Portanto, é essencial que curso a distância sejam equiparados de sistemas que preparam e acompanham o professor e o aluno, assim como toda a equipe envolvida. Entretanto, as tecnologias não são somente necessárias quando referem-se à comunicação entre estudantes e tutor ou professor. Ela é essencial no que diz respeito ao acompanhamento dado ao aluno. 3.2 AVALIAÇÃO A definição e o conhecimento dos critérios de avaliação é de suma importância para os alunos que estão distantes. É preciso que a seja apontado os pontos de cada atividade definida no programa da disciplina e exemplifique o cálculo a ser realizado para obter a média final. A avaliação é um processo que tem como objetivo principal determinar o mérito ou a adequação ou o valor de alguma coisa; ou do produto deste processo. Ela faz a mensuração do aprendizado coletivo e individual dos estudantes. De acordo com o Instituto Nacional de Educação a Distância - INED (INED, 2006), a monitoração dos resultados alcançados pelos alunos é um instrumento para a garantia da qualidade e a avaliação pode ter três finalidades principais: a) avaliação formativa: dar aos alunos feedback sobre a sua progressão, de forma que fiquem sabendo como estão e podendo, se necessário, mudar a maneira como estão seguindo o curso; b) avaliação somativa: fornecer a base para as notas que possam contribuir para a eventual certificação do aluno; e c) como parte do processo global de avaliação: ajudar a instituição de educação a distância a monitorar a eficiência dos seus cursos. Portanto, escolher a maneira que melhor diagnostique o aprendizado do estudante, aliado a uma metodologia eficiente, faz com que o acompanhamento da criação do conhecimento seja mais eficaz. Ela pode ser tomada como subsídio para tomada de decisões quanto ao direcionamento das ações em determinado contexto educacional. No caso da gestão

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do conhecimento, é ela quem faz a mensuração dos resultados para um efetivo controle do processo por parte do corpo docente. 4 METODOLOGIA Quanto à metodologia de estudo, esta pesquisa pode ser classificada como: qualitativa, descritiva, teórica aplicada, estudo de caso, documental, bibliográfica, ex-post facto e participante. Essa pesquisa teve caráter qualitativo. A escolha por este tipo de pesquisa foi baseada na afirmação de Silva e Menezes (2000), onde para elas, a base qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, existe um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A pesquisa bibliográfica caracteriza-se pela utilização de materiais publicados, como livros, revistas ou meios eletrônicos, sendo que visando dar um embasamento teórico para o mesmo, procurou-se aprofundar o tema através de pesquisa bibliográfica em livros, jornais, revistas, publicações técnicas e sites na Internet. Os estudos de caso são pesquisas “fundadas no estudo em profundidade de casos particulares, isto é, numa análise intensiva, empreendida numa única ou em algumas organizações reais” (BRUYNE et al, 1977, p. 224). Por objetivar reunir o maior número possível de informações detalhadas o quanto mais possível, recorre-se de técnicas variadas como: observações, entrevistas, documentos, observação participante, entre outras (BRUYNE et al, 1977). O estudo de caso dentro deste conceito foi realizado em um curso de graduação de uma instituição de ensino superior pública federal. A pesquisa documental foi feita com os documentos internos da instituição, como o plano pedagógico, material didático, atas de reuniões, entre outros. Foram realizadas entrevistas não-estruturadas e informais com os sujeitos de pesquisa envolvidos diretamente com os objetivos específicos da pesquisa e a observação participante. “A pesquisa participante não se atém somente à figura do pesquisador, tomando parte pessoas implicadas no problema de investigação” (VERGARA, 1991). A análise de dados foi feita através do estabelecimento de relações entre a análise documental, as informações obtidas nas entrevistas e a observação, correlacionando estas relações com a teoria. Assim, as análises não ficaram restritas ao olhar dos pesquisadores. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário com os alunos após o término de duas disciplinas: Administração e Ciência Política, sendo que os dados coletados foram tabulados e analisados estatisticamente por meio do software estatístico SPSS. De acordo com Chizzotti (2001), os questionários são as questões elaboradas pelos pesquisadores, distribuídas por itens, através do qual os entrevistados respondem de acordo com sua experiência. Utilizou-se uma escala de avaliação verbal, nas questões que Mattar (1999) define como a apresentação das opções das respostas dentre o extremo mais desfavorável até o oposto mais favorável, pela identificação e ordenação das categorias através de expressões verbais; neste caso utilizou-se a seguinte escala: ótimo, bom, regular, ruim, péssimo. No total, foram entrevistados 466 estudantes ao final da segunda disciplina do curso e 393 ao final da terceira disciplina do curso. 5 ESTUDO DE CASO No Brasil, O Projeto Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Ministério da Educação, em 2005, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação, para a articulação e

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integração de um sistema nacional de educação superior a distância, em caráter experimental, visando sistematizar as ações, programas, projetos, atividades pertencentes às políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da oferta do ensino superior gratuito e de qualidade no Brasil (UAB, 2006). Ele visa consolidar um sistema pioneiro que represente um marco histórico para a educação brasileira, articulando intenções e experiências das instituições de ensino superior, as quais, isoladamente, não teriam como ganhar a desejável escala nacional em sua atuação. 5.1 CURSO DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA: PROJETO PILOTO NA IES Diante da demanda motivada pelo Ministério de Educação, com a finalidade de atender às necessidades das empresas estatais em termos de qualificação dos seus servidores públicos, a universidade em questão, em parceria com instituições de ensino superior, participa do projeto de criação do Curso de Graduação, na modalidade a distância, como um programa da Universidade Aberta do Brasil – UAB/MEC. A instituição já conta com a oferta do mesmo Curso de Graduação na forma presencial. A opção pela modalidade a distância se deve não só à necessidade de atender aos estudantes residentes em regiões sem instituições de ensino superior, mas também profissionais em serviço que necessitam de formação em nível universitário. Prosseguindo com a expansão do ensino à distância, a universidade realizou no mês de maio de 2006 o processo de seleção para o curso de graduação à distância. A área de abrangência é o Estado em que está localizada, dividido em 10 pólos, e os públicos-alvos foram os servidores públicos e os funcionários do Banco do Brasil. O projeto possui uma tutoria localizada no campus universitário, mais precisamente no departamento do curso, que auxilia o aluno a distância em seus estudos, dando-lhe o suporte necessário para que seja possível criar o vínculo entre o professor. A tutoria é formada por vinte e quatro tutores, distribuídos em três horários distintos, oito tutores para cada horário, a saber: das oito horas da manhã às doze horas, das doze horas às dezesseis horas e das dezesseis horas às vinte horas. Os tutores são alunos dos cursos presenciais da universidade, sendo que a maioria deles é graduando do curso presencial. Como requisito para o ingresso na tutoria está a obrigatoriedade de já ter cursado as disciplinas que irão tutorar, além da análise do histórico escolar para verificação do desempenho acadêmico. Após passar por uma entrevista, foram selecionados os vinte e quatro tutores que comporiam a equipe. 5.2 FERRAMENTAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA IES Reunindo em uma mesma discussão educação, tecnologias e formação de pessoas, pode-se afirmar que a mera veiculação de recursos da Internet não possibilita o deslocamento do foco do ensino para a aprendizagem. É necessário dispor de novas metodologias viabilizadas através de novas tecnologias, isto é, integração entre conteúdos e estratégias de mediação da interação através das TIC`s. Nesse processo, deve ser levado em consideração aspectos básicos, como a construção de ferramentas em um ambiente de aprendizagem que permitam aos usuários autonomia, controle e facilidade de interação com o computador, sem prejuízo na construção do conhecimento. O curso de graduação a distância da universidade faz uso de algumas ferramentas, com o intuito de criar conhecimento, armazenar e disseminar informações, através do ambiente virtual de aprendizagem e por e-mail.

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Uma ferramenta utilizada no ambiente virtual é o fórum. Como discutido na fundamentação teórica, esse tem por finalidade gerar uma discussão acerca de temas pertinentes ao curso. O professor elabora os tópicos a serem abordados, ficando a cargo da tutoria estimular os estudantes a participar. Porém, observou-se no decorrer das disciplinas, que o fórum não demonstrava grandes resultados no que diz respeito à criação do conhecimento. O tópico era lançado e os alunos apenas respondiam-no sem gerar uma discussão. Quando os estudantes do curso avaliaram a ferramenta “fórum”, os resultados obtidos foram os seguintes: 20,4% consideraram ótimo, 50% avaliaram como bom, 10,9% disseram ser regular, 13,9% como ruim e 4,7% avaliou como péssimo, conforme a figura 1. Apesar desse resultado ser aparentemente satisfatório, os comentários a respeito do ambiente virtual eram, na sua maioria, reclamações sobre a ferramenta fórum. Tabela 1: Avaliação do fórum Fonte: Dados primários. Freqüência Freqüência Absoluta Freqüência Acumulada Absoluta Relativa

Freqüência Relativa Acumulada

Ótimo

95

95

20,4%

20,4%

Bom

233

328

50,0%

70,4%

Indiferente

51

379

10,9%

81,3%

Regular

65

444

13,9%

95,3%

Péssimo

22

466

4,7%

100,0%

Total

466

100,0%

Avaliação da ferramenta FÓRUM do Ambiente Virtual de Aprendizagem

4,7%

13,9%

20,4%

10,9%

50,0%

Ótimo

Bom

Indiferente

Regular

Péssimo

Figura 1: Percepção do estudante em relação à avaliação do fórum. Fonte: Dados primários.

Constata-se que a ferramenta é inviável no que diz respeito à discussão. Por ser um número muito grande de alunos, o debate não acontecia pelo fato de que, em pouco tempo, o fórum armazenava várias páginas de respostas, sendo que algumas não seguiam uma ordem cronológica. Portanto, acompanhar um debate torna-se inviável, pois as respostas se perdiam no meio de tantas outras. Além disso, os tutores visualizavam em seus computadores apenas

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as postagens dos seus vinte e cinco alunos, enquanto os estudantes viam todas, dificultando, desse modo, o acompanhamento e participação na discussão por parte da tutoria. Os comentários dos tutores sobre as discussões do fórum eram encaminhados por e-mail, pelo fato de que era inviável o estudante procurar, dentre aproximadamente cinqüenta páginas, o comentário do seu tutor. Observa-se uma inoperância desta ferramenta. Constatou-se que não havia criação, armazenamento, nem disseminação de conhecimento. A solução que minimizou esse problema foi a criação de uma lista de discussão através do e-mail. As vantagens da lista de discussão eram que possibilitavam um debate mais efetivo, o tutor acompanhava todos os comentários, era capaz de instigar os estudantes a participar. Em contrapartida, a lista de discussão foi reduzida a vinte e cinco alunos, mais o tutor, diminuindo assim de forma significativa as contribuições. Outra desvantagem deve-se ao fato de que a visualização da conversação não é facilmente acessada, por não estar armazenado em um só local. Os estudantes avaliaram a lista de discussão, sendo que 19,1% consideraram ótima, 49,4% como bom, 16,5% afirmaram ser regular e aproximadamente 6% avaliaram como ruim ou péssima a atividade, conforme a figura 2. Tabela 2: Avaliação da lista de discussão Fonte: Dados primários. Freqüência Freqüência Freqüência Absoluta Absoluta Relativa Acumulada

Freqüência Relativa Acumulada

Ótimo

75

75

19,1%

19,1%

Bom

194

269

49,4%

68,4%

Regular

65

334

16,5%

85,0%

Ruim

17

351

4,3%

89,3%

Péssimo

8

359

2,0%

91,3%

Não respondeu

34

393

8,7%

100,0%

Total

393

100,0%

Avaliação da Lista de Discussão 2,00%

8,70%

19,10%

4,30% 16,50%

49,40%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Não respondeu

Figura 2: Percepção do estudante em relação à avaliação da lista de discussão Fonte: Dados primários.

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Quanto à utilização do chat, o mesmo encontra-se no ambiente virtual de aprendizagem do curso, e para acessá-lo o estudante, assim como o tutor, precisa dispor de um nome de usuário e uma senha. O horário de acesso ao chat é pré-determinado pela tutoria, sendo que os alunos podem ter uma programação e trocar informações com seu tutor, ou com qualquer outro que esteja conectado no momento. Também há horários pré-determinados para que o aluno possa tirar suas dúvidas com o professor, sendo esse intermediado pelo tutor. A ferramenta chat pode ser utilizada como conversação individual ou coletiva, porém, o estudante só tem acesso ao tutor, e o acesso aos outros estudantes só é possível se intermediado pelo tutor. Observou-se alguns problemas com a ferramenta chat quando o objetivo é a gestão do conhecimento. A mesma é eficiente no que diz respeito à troca de informações com o tutor, porém o ideal é que através dela, o aluno tenha a possibilidade de conversar com qualquer pessoa que esteja conectado: estudantes, tutores, professores e coordenadores. Outra desvantagem observada da ferramenta é pelo fato de que apenas a coordenação tem acesso ao histórico da conversa, sendo que o tutor e o aluno não o têm. Portanto, quanto ao armazenamento e disseminação do conhecimento, o chat utilizado não atendia às exigências. A avaliação dos alunos quanto à essa ferramenta foi: 8,6% responderam que a ferramenta era ótima, 27,5% classificaram com bom, 30,7% como regular, 11,6% consideraram ruim, 5,6% como péssimo e 16,1% não responderam, conforme a figura 3. Tabela 3: Ferramenta chat do ambiente virtual. Fonte: Dados primários Freqüência Freqüência Absoluta Freqüência Absoluta Acumulada Relativa

Freqüência Relativa Acumulada

Ótimo

40

40

8,6%

8,6%

Bom

128

168

27,5%

36,1%

Regular

143

311

30,7%

66,7%

Ruim

54

365

11,6%

78,3%

Péssimo

26

391

5,6%

83,9%

Não respondeu

75

466

16,1%

100,0%

Total

466

100,0%

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Avaliação da ferramenta chat do Ambiente Virtual de Aprendizagem

8,60%

16,10% 5,60%

27,50%

11,60% 30,70%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Não respondeu

Figura 3 – Avaliação da ferramenta chat do ambiente virtual de aprendizagem – Administração. Fonte: Dados primários.

A videoconferência é outro método encontrado na gestão do conhecimento do curso a distância ofertado. A princípio, a videoconferência era organizada de tal forma que o aproveitamento do tempo não era satisfatório. Os alunos compareciam aos pólos e o professor apresentava o conteúdo por cerca de uma hora e meia de aula. Após o término da exposição, os estudantes tinham, por aproximadamente meia hora, tempo para tirar suas dúvidas sobre o assunto. Portanto, por se tratar de seiscentos alunos, o tempo para dúvidas era insuficiente, além de que, as tecnologias por vezes falhavam, sendo que o áudio e o vídeo eram afetados. O novo desenho deu lugar às vídeos-aula, que foram disponibilizadas aos estudantes com antecedência. Agora o aluno assiste à aula e comparece às videoconferências para debater com o professor e sanar dúvidas existentes. Com esse método, observou-se uma maximização do tempo, bem como uma maior discussão entre professores e estudantes, fazendo com que existisse uma maior semelhança com a sala de aula. Na pesquisa feita para se conhecer o grau de satisfação quanto ao novo desenho das aulas, o resultado é de bastante aprovação por parte dos alunos das novas videoconferências, sendo que aproximadamente 90% dos estudantes estão satisfeitos ou muito satisfeitos, como pode ser observado na figura 4. Tabela 4: Quanto à nova estrutura das videoconferências. Fonte: Dados primários. Freqüência Freqüência Absoluta Absoluta Acumulada

Freqüência Relativa

Freqüência Relativa Acumulada

Muito satisfeito

160

160

40,7%

40,7%

Satisfeito

189

349

48,1%

88,8%

Pouco Insatisfeito

20

369

5,1%

93,9%

Insatisfeito

5

374

1,3%

95,2%

Não respondeu

19

393

4,8%

100,0%

Total

393

100,0%

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Quanto a nova estrutura das aulas 1%

5%

5% 41%

48%

Muito satisfeito

Satisfeito

Pouco Insatisfeito

Insatisfeito

Não respondeu

Figura 4: Avaliação da quanto ao nova estrutura das aulas. Fonte: Dados primários.

Para controle, o professor lança alguma atividade durante a videoconferência, que deverá ser entregue ao tutor, sendo que a avaliação da mesma pode ser conferida na figura 5. Vale destacar também que a mesma é gravada e disponibilizada no ambiente virtual para que todos os alunos tenham acesso a ela posteriormente. Fecha-se assim o ciclo da gestão do conhecimento em relação à videoconferência, com criação (no debate com o professor e até mesmo entre alunos de diferentes pólos), armazenamento (no ambiente virtual), disseminação e controle do conhecimento. Tabela 5: Avaliação da atividade da videoconferência Fonte: Dados primários. Freqüência Freqüência Freqüência Absoluta Absoluta Relativa Acumulada

Freqüência Relativa Acumulada

Ótima

91

91

23,2%

23,2%

Bom

192

283

48,9%

72,0%

Regular

64

347

16,3%

88,3%

Ruim

14

361

3,6%

91,9%

Péssimo

4

365

1,0%

92,9%

Não respondeu

28

393

7,1%

100,0%

Total

393

100,0%

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Avaliação da Atividade da Videoconferência 1,00% 3,60%

7,10% 23,20%

16,30%

48,90%

Ótima

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Não respondeu

Figura 5: Percepção do estudante em relação à avaliação da atividade da videoconferência Fonte: Dados primários.

Observa-se que a grande maioria dos estudantes aprova a atividade da videoconferência, sendo esse um método interessante para estimular o estudante a participação das aulas. Os alunos a distância do curso de graduação da IES também realizam exercícios de aprendizagem com regularidade. Tal atividade é encaminhada pelos tutores através do e-mail e entregue da mesma forma. Cabe destacar que a realização de tais atividades é de suma importância pra verificação do domínio do conteúdo exposto por parte dos estudantes. Apesar dessa metodologia de aprendizagem requerer maneiras mais específicas e objetivas de respostas, ela não pode ser esquecida, pois, para que a formação dos estudantes seja efetivada, a assimilação do conteúdo da disciplina deve ser avaliada. O tutor, com data prevista, retorna os exercícios aos alunos, com os devidos comentários de cada erro por ele cometido. Com isso, é possível, tanto para o aluno como para a tutoria, acompanhar o progresso de cada estudante. Os acadêmicos também avaliaram a atividade. De todos os respondentes, 28% acharam ótima a lista de exercício, 51,4% consideraram bom, 12,7% classificaram como regular, e aproximadamente 1% avaliou como ruim ou péssimo, conforme a figura 6. Tabela 6: Avaliação da lista de exercícios Fonte: Dados primários. Freqüência Freqüência Freqüência Absoluta Absoluta Relativa Acumulada

Freqüência Relativa Acumulada

Ótimo

110

110

28,0%

28,0%

Bom

202

312

51,4%

79,4%

Regular

50

362

12,7%

92,1%

Ruim

3

365

0,8%

92,9%

Péssimo

1

366

0,3%

93,1%

Não respondeu

27

393

6,9%

100,0%

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Total

393

100,0%

Avaliação da Lista de Exercícios 0,3% 0,8%

6,9% 28,0%

12,7%

51,4%

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

Não respondeu

Figura 6: Percepção do estudante em relação à avaliação da lista de exercícios Fonte: Dados primários.

Pode-se verificar que há uma aceitação bastante considerável no que diz respeito à lista de exercícios. A importância dessa atividade no que diz respeito à gestão do conhecimento, deve-se ao fato de que é um ótimo método para verificar a leitura e entendimento do conteúdo por parte dos alunos. Todas as atividades apresentadas correspondem 40% da nota final dos estudantes, sendo que os outros 60% correspondem à prova presencial. Essa tem por finalidade mensurar os conhecimentos adquiridos por parte dos alunos em relação ao conteúdo da disciplina. Apesar de existirem críticas referentes a metodologia dos testes, essa ainda é forma mais eficaz de medir o conhecimento adquirido. Principalmente quando se trata de educação a distância, onde com a prova presencial pode-se analisar se os conhecimentos dos estudantes condizem com o que demonstram durante a disciplina. 5.3 PROPOSTAS DE MELHORIA Dentre todas as ferramentas apresentadas que compunham os instrumentos de gestão do conhecimento do curso de graduação a distância, pode–se verificar que algumas delas não realizavam efetivamente tal função. Desta forma, foram sugeridas algumas alterações nas mesmas para que o processo pudesse ser melhorado e, com isso, o conhecimento fosse mais bem transmitido e gerido. A primeira sugestão diz respeito ao fórum. Mesmo que a grande maioria dos alunos tenha aprovado a lista de discussão, sabe-se da importância do fórum num ambiente virtual para gestão do conhecimento. A figura 7 mostra uma proposta de um fórum mais eficiente e eficaz.

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Figura 7: Proposta de estrutura da ferramenta fórum Fonte: Elaborados pelos autores

Esse modelo faz com que uma discussão siga diferentes caminhos, é fácil visualizar os comentários, o tutor pode acompanhar de forma mais eficaz, sendo importante para o mesmo consultar os comentários de todos os alunos, e não somente dos que estão sob sua tutela. O tutor deve participar do debate, as colocações devem ficar todas armazenadas no fórum para posterior consulta, e também deve direcionar a discussão para que a mesma não perca o seu foco. Durante o debate no fórum, o tutor deverá fazer suas avaliações, de acordo com a participação dos estudantes, levando em considerações se os seus comentários são pertinentes ao tema ou não e estimulando os que não estão participando a contribuir. Dessa maneira, a ferramenta fórum estará condizente com a gestão do conhecimento. Por meio do debate poderá haver a criação do conhecimento. O armazenamento e a disseminação são efetivados quando o debate permanece no ambiente virtual, para acesso de todos os estudantes em qualquer tempo. A proposta para um chat que atendas às exigências da gestão do conhecimento é a de que a ferramenta deve ser acessada automaticamente quando o aluno entra no ambiente virtual. O chat deve estar organizado por papéis: lista de alunos, tutores, professores e coordenadores. Dessa forma, a troca de informações dar-se-á de maneira muito mais construtiva, pois os usuários poderão conversar com todos que estiverem conectados e não apenas por intermédio do tutor. Para que o tutor tenha um efetivo controle e acompanhamento do aluno, as conversas devem ser gravadas e acessadas em qualquer tempo, pelo tutor, pelo aluno e pela coordenação. A gravação deve seguir uma ordem cronológica, para facilitar as consultas posteriores. Ressalta-se a importância do acesso à conversa pelo estudante, pelo fato deste poder rever debates realizados. Não se sugere que os diálogos feitos por meio do chat sejam avaliados, deixando-o como uma ferramenta de apoio.A interface deve ser simples e de fácil utilização para que o aluno não tenha dificuldades no acesso. Quanto à avaliação presencial, essa pode servir como estratégia para disseminar conhecimentos, facilitar troca de informações e até mesmo a criação mediante interações presenciais.

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O curso não oferece um FAQ para que os estudantes consultem as maiores dúvidas quanto ao conteúdo. A proposta é a criação de um FAQ, disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem, para que a fonte dessas informações mais básicas seja única, além de evitar um retrabalho dos tutores para respondê-las. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação a distância ganha novos adeptos a cada dia que passa. Sendo essa uma modalidade que cresce significativamente, requer um planejamento e controle adequado. No que tange à gestão do conhecimento, esse tem um papel relevante por se tratar de educação. Constatou-se que a gestão do conhecimento não é plenamente efetiva no curso de graduação da universidade estudada, sendo que a mesma requer diversos ajustes para o seu funcionamento, principalmente no que diz respeito às tecnologias. Entende-se que as metodologias são as principais formas de criação e disseminação do conhecimento, porém, na educação a distância, as novas tecnologias de informação e comunicação viabilizam esses métodos para que a interatividade seja maior. A maioria das ferramentas tecnológicas utilizadas no curso não satisfaz as exigências que a gestão do conhecimento requer. Portanto, deve haver uma alteração nos processos, com o objetivo de conferir ao aluno maior visibilidade do seu desempenho, na interatividade com os outros alunos, tutores e professores. As informações devem ser organizadas de tal forma que facilite ao estudante, ao tutor e à coordenação, um acesso de forma simples e eficiente. Por ser o e-mail uma das ferramentas mais utilizadas no curso, as informações acabam não ficando em uma ordem lógica, sendo que a melhor alternativa seria o uso de um só espaço para a geração do conhecimento: o ambiente virtual de aprendizagem. Entretanto constatou-se que já está em andamento a criação de novo ambiente virtual, criado na plataforma Moodle. A construção do mesmo está sendo feita por uma equipe especializada e com a participação da tutoria e a coordenação do curso, para que essa atenda às suas necessidades, bem como a realização efetiva da gestão do conhecimento dos estudantes do curso de Administração a distância. REFERÊNCIAS ABED - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO A DISTÂNCIA. 2006. Disponível em: < http://www.abed.org.br/>. Acesso em 30 set. 2006. ANGELONI, Maria Terezinha. Elementos intervenientes na tomada de decisão. Ci. Info., Brasília, v.32,n.1, p.17-22, jan./abr. 2003. BRUYNE, P. et al. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os pólos da prática metodológica. Rio de Janeiro: F Alves, 1977. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisas em ciências humanas e sociais. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. CIMBALISTA, Silmara. A Importância do Conhecimento nas Organizações. Disponível em: . 2001> Acesso em: 04 dez. 2002. DAVENPORT, Thomas H. ; PRUSAK, Laurence. Conhecimento Empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 1998. 256p.

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