CONCEITOS E APLICAÇÕES DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

July 3, 2016 | Author: Isaque Lobo Borja | Category: N/A
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CONCEITOS E APLICAÇÕES DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM Rogério Schueroff Vandresen¹, Willian Barbosa Magalhães¹ ¹Universidade Paranaense(UNIPAR) Paranavaí-PR-Brasil [email protected], [email protected]

Resumo: Este artigo apresenta um estudo sobre os principais conceitos e aplicações da Computação em Nuvem, abordando os diferentes tipos de serviços e modo de compartilhamento de dados, buscando apresentar de forma objetiva este novo paradigma da computação que esta cada vez mais presente em nosso dia-a-dia, e que já se tornou indispensável para muitas pessoas e empresas.

1. Introdução A evolução constante da computação sempre trouxe consigo grandes inovações, uma dessas inovações é a Computação em Nuvem ou Cloud Computing, que vem se popularizando e ganhando espaço, seja para usuários comuns ou até mesmo para grandes empresas. A computação em nuvem pode ser entendida como um ambiente de computação formado por diversos servidores sejam esses virtuais ou físicos, ou um conjunto de serviços com capacidade de processamento, armazenamento, aplicações, plataformas e serviços disponibilizados na internet [Taurion 2009]. A possibilidade de armazenamento e processamento de dados em um servidor na web, através dos serviços oferecidos pela Computação em Nuvem, permite que uma grande diversidade de dispositivos (tablets, celulares, notebooks e desktops), possam acessar e executar esses recursos, sendo necessário somente o acesso à internet e um mecanismo padronizado, que por sua vez pode ser um navegador que necessita poucos recursos computacionais. A computação em nuvem pode ser considerada a transformação dos sistemas computacionais físicos em sistemas virtuais que poderão ser acessados de qualquer lugar, tornando assim a internet o centro da base de dados do mundo, permitindo novas possibilidades com grande capacidade de processamento sem a necessidade de altos investimentos em infraestrutura.

2. Computação em Nuvem Originalmente o termo cloud (nuvem) e sua imagem eram usados pela telefonia e posteriormente foi adotado como metáfora pela computação, descrevendo a internet nos diagramas de redes. A imagem da nuvem era usada para indicar algo intangível, mas necessário para o funcionamento das redes, tanto que, as linhas desenhadas nos diagramas passavam por dentro da imagem da nuvem ilustrando a internet somente como um intermediário no fluxo de dados [Taurion 2009].

Na prática a Computação em Nuvem seria a transformação dos sistemas computacionais físicos de hoje em sistemas virtuais. Toda a infraestrutura necessária para o processamento, conectividade e armazenamento desses sistemas, aplicações e serviços, devem ser de responsabilidade de uma empresa que preste tal serviço. Isso torna possível uma grande economia quanto a suporte técnico e equipamento. O emprego da computação em nuvem proporcionará uma série de vantagens, principalmente para o setor corporativo, que poderá destinar o dinheiro que inevitavelmente teria que desembolsar para a manutenção de sua infraestrutura tecnológica para outras finalidades, além de não precisar se preocupar com atualizações, suporte técnico ou licenças [Intel 2010]. A Computação em Nuvem torna possível o acesso de arquivos, aplicativos e serviços disponíveis na web por diversos usuários simultaneamente e de diversos tipos de aparelhos que tenham acesso à internet e navegadores compatíveis com tais serviços e aplicações. A Figura 1 retrata esse cenário.

Figura 1. Visão geral nuvem computacional [Sousa, Moreira e Machado, 2009]

A Computação em Nuvem torna o acesso a serviços e aplicativos simples e dinâmico. Possibilitando que dispositivos com configurações inferiores possam executalos sem comprometer o desempenho. O conceito das aplicações na nuvem já está presente no cotidiano, em muitos casos os usuários nem se dão conta que estão trabalhando com aplicações em nuvens, como por exemplo, a Google disponibiliza diversos aplicativos como o Google Drive que possibilita o armazenamento de arquivos, vídeos, documentos de textos (inclusive criados no Google Docs) e muitos mais, possibilitando uma maior segurança, pois é possível utiliza-lo como um drive de backup ou apenas para garantir o acesso aos arquivos quando necessário, sem a necessidade de mídias físicas para o transporte dos mesmos. O Google Maps é outro exemplo muito interessante, através dele é possível acessar o mapa do mundo todo através do navegador, traçar rotas e procurar localidades, também é possível a visualização 3D que proporciona uma maior capacidade de

localização, e como os demais exemplos, é possível acessá-lo de qualquer dispositivo que tenha acesso à internet.

2.1 Características Essenciais Segundo NIST (2011), um modelo de Computação em Nuvem deve apresentar algumas características essenciais: 

Autoatendimento sob demanda: o usuário pode usufruir das funcionalidades computacionais sem a necessidade da interação humana com o provedor de serviço, ou seja, o provedor identifica as necessidades do usuário, podendo assim automaticamente reconfigurar todo hardware e software, e essas modificações devem ser apresentadas ao usuário de forma transparente.



Amplo acesso a serviços de rede: os recursos computacionais são acessados através da internet, que são acessados por mecanismos padronizados, que pode ser um navegador simples que use poucos recursos computacionais, sem a necessidade do usuário modificar o ambiente de trabalho de seu dispositivo, como por exemplo, linguagem de programação e sistema operacional.



Pool de recursos: os recursos computacionais (físicos ou virtuais) do provedor são divididos em pools para que possam atender a múltiplos usuários simultaneamente. Esses recursos são alocados e realocados dinamicamente, de acordo com a demanda dos usuários. Os usuários por sua vez não precisam saber a localização física dos recursos computacionais, essas informações podem ser proporcionadas de maneira de alta abstração podendo apenas ser informados a país, estado ou centro de dados.



Elasticidade rápida: as funcionalidades computacionais devem ser rápidas e elásticas, assim como rapidamente liberadas, podendo em alguns casos serem liberadas automaticamente caso haja necessidade devido a demanda. O usuário deve ter a impressão de ter recursos ilimitados que podem ser comprados ou adquiridos em qualquer quantidade e a qualquer momento. A elasticidade deve ter três componentes: escalabilidade linear, utilização on-demand e pagamento por unidades consumidas de um recurso. Outro recurso que pode auxiliar nesse processo é a virtualização que pode criar várias instâncias de recursos requisitados usando apenas um recurso físico. A virtualização também torna possível abstrair características físicas de uma plataforma computacional, emulando vários ambientes que podem ser independentes ou não.



Serviços mensuráveis: os sistemas em nuvem automaticamente controlam e monitoram os recursos necessários para cada tipo de serviço, tais como armazenamento, processamento e largura de banda. Esse recurso deve ser monitorado e controlado de forma transparente tanto para o provedor de serviço quanto para o usuário.

3. Modelos de Serviços A ideia de Computação em Nuvem é composta por modelos de serviços, esses modelos são pagos conforme a necessidade e o uso dos mesmos (pay-per-use), dando ao cliente a possiblidade de usar mais ou menos recursos de acordo com sua necessidade. Os modelos de serviços são os seguintes: 

Software como Serviço: um aplicativo pode ser utilizado por uma grande quantidade de usuários simultaneamente. Esse tipo de serviço é disponibilizado por provedores e acessado pelos usuários através de aplicações como o navegador. Todo o controle e gerenciamento da rede, sistemas operacionais, armazenamento e possíveis manutenções será de responsabilidade do provedor de serviço [Aulbach 2009].



Plataforma como Serviço: é a disponibilização de plataformas de desenvolvimento que facilitam a implantação de aplicações assim como o gerenciamento do hardware subjacente e das camadas de software. O usuário não tem controle sobre a rede, sistemas operacionais ou armazenamento, mas poderá controlar a aplicação implementada na nuvem. A linguagem de programação bem como o ambiente de desenvolvimento é fornecida pelo provedor [NOGUEIRA 2010].



Infraestrutura como Serviço: consiste no fornecimento de infraestrutura de processamento, armazenamento, redes, entre outros. Este serviço, assim como os demais, tem seus recursos – neste caso a infraestrutura – compartilhados com diversos usuários simultaneamente. Isso se torna possível através do processo de virtualização, no qual o usuário terá controle sobre máquinas virtuais, armazenamento, aplicativos instalados e possivelmente um controle limitado sobre os recursos de rede [VERAS 2012].

Figura 2. Papel dos três modelos de serviços da computação em nuvem [SOUSA, MOREIRA E MACHADO 2009]

4. Metodologia Para a realização deste artigo foi realizada uma revisão bibliográfica em livros, artigos e sites da Internet. Após a revisão deste conteúdo, foi realizada a elaboração deste material.

5. Conclusão A Computação em Nuvem é uma tecnologia que está se popularizando a cada dia que passa, tornando-se mais presente no cotidiano de todos, tanto para usuários domésticos como para grandes empresas. Seus recursos e serviços variados vêm modificando o modo como os recursos computacionais são comercializados e utilizados. A computação, como é conhecida atualmente, com notebooks, desktops e até mesmos dispositivos móveis como tablets, celulares e smartphones, caracterizados pela grande capacidade de processamento, está a caminho de sofrer uma grande mudança pelo fato de cada vez mais os serviços oferecidos pela Computação em Nuvem possibilitem que dispositivos com pouca capacidade de processamento e máquinas poderosas executem um mesmo aplicativo com a mesmo eficiência.

Referencias Nogueira, Matheus Cadori1; PEZZI, Daniel da Cunha (2010) “A Computação Agora é nas Nuvens” Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) – Cruz Alta, RS – Brasil. Aulbach, Stefan; JACOBS, Dean; KEMPER, Alfons; et al. (2009) “A Comparison of Flexible Schemas for Software as a Service.” 35th SIGMOD - International Conference on Management of Data, 2009. Taurion, C. (2009) “Cloud Computing: computação em nuvem: transformando o mundo da tecnologia da informação”, Editora Brasport: Rio de Janeiro, Brasil. Veras, Manoel.(2012)”Cloud Computing: Nova Arquitetura da TI”. Editora Brasport: Rio de Janeiro, Brasil. INTEL (2010) “Cloud Computing”, http://www.nextgenerationcenter.com/detallecurso/Cloud_Computing.aspx?PageID=1, Acesso em: 04/08/2013. Souza, Flávio R. C.; Moreira, Leonardo O.; Machado, Javam C. Computação em Nuvem: Conceitos, Tecnologias, Aplicações e Desafios. ERCEMAPI 2009. NIST, (2011) “The NIST Definition of Cloud Computing (Draft)”, http://csrc.nist.gov/publications/nistpubs/800-145/SP800-145.pdf, Acesso em: 03/08/2013.

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