«A Rota do Saber» Património do Vale do Sousa

October 29, 2017 | Author: Maria das Neves Cunha Salgado | Category: N/A
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1 2 «A Rota do Saber» Património do Vale do Sousa Menino que ainda passeias pelas ruas, olha à...

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«A Rota do Saber»  Património do Vale do Sousa 

Menino que ainda passeias pelas ruas, olha à tua volta e repara que muitas coisas existem na tua  terra  que  não  foram  feitas  agora.  Nasceram  há  muitos  anos,  fizeram­nas  homens  que  já  morreram e dos quais ninguém se lembra. Mas eles trabalharam para ti, para todos os meninos  que  hão­de  suceder­te  nos  bancos  da  escola.  E  tu  como  nós  todos  deves  contribuir  para  que  essa herança não se perca, não seja destruída pelo tempo ou pelos maus  tratos dos homens.  Guedes, Natália Correia ­ Directora Geral do Património (1980)

Apresentação 

Costumamos  dizer  que  uma  igreja,  um  monumento  megalítico,  escultura,  pintura  e  outros  podem ser elementos do património nacional . Estes vestígios do passado contribuem para um  melhor  conhecimento  da  História,  local,  regional  ou  nacional.  São  pedacinhos  de  um  passado  que nos foram deixados como herança.  Enquanto  cidadãos  temos  direitos,  mas  também  temos  deveres.  Todos  temos  o  dever  de  preservar  o  nosso  património  histórico­cultural,  de  forma  a  deixar  aos  futuros  cidadãos  uma  herança histórica comum.  Todas as gerações passadas, presentes e futuras estão ligadas entre si através de um conjunto de  vestígios históricos ­ culturais. Todo esse património é um bem comum que pertence a todos nós.  Neste sentido, pretendo com este trabalho contribuir para uma maior sensibilização e valorização  do património do Vale do Sousa.  Assim, elaborei esta rota (visita de  estudo) para um dia, e a pensar em estudantes do 3º ciclo,  com idades compreendidas entre os 12 e 15 anos. Isto, por serem  leccionados ao longo do ciclo,  na disciplina de História, conteúdos programáticos que se podem relacionar com os movimentos  artísticos que apresento ao longo do trabalho, a saber: Megalítico, Românico e Barroco.  A  escolha  do      monumento  românico  âncora,  da  igreja  S.Gens  de  Boelhe,  para  a  realização  deste trabalho, prende­se ao  facto de esta possuir  um cariz original, simples,  e com elementos  que só por si  caracterizam aquilo que se denomina por arquitectura românica  rural do Norte de  Portugal.  Da rota, também vão fazer parte a capela  de talha dourada, da Nossa Senhora da Conceição; a  capela românica de Santa Catarina e as Sepulturas antropormóficas da Freguesia de Peroselo.  Em Luzim, o monumento megalítico ­Menir e as pegadas de S. Gonçalo.  Este  trabalho,  não  constitui  apenas  um  roteiro  tradicional  ,  ele  pretende  ser  mais  que  isso,  pretende  proporcionar  uma    visita  de  estudo  que  se  traduza  ao  mesmo  tempo  numa  aula  de  História, ao ar livre, onde os alunos possam estar em contacto directo com monumentos vivos da  sua região e de alguma forma proporcionar um   ensino mais motivador e aliciante.  Ao  longo  rota,  é  apresentada  uma  síntese  histórica,  da  origem  e  evolução  dos  movimentos  artísticos ao nível da Europa, relacionando sempre  com os monumentos a visitar.  Para  consolidar  os  conhecimentos,  no  fim  de  cada  temática  os  alunos  são  convidados  a  fazer  actividades relacionadas com as respectivas temáticas.  No fim da viagem,  os alunos devem ainda, registar o que consideraram ser mais importante para  eles nesta visita.  O objectivo deste trabalho acima de tudo é que os alunos possam através do que aprenderam,  reflectir sobre o património histórico da sua região.

Mapa do Concelho de Penafiel 

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Mapa de : Peroselo, Luzim, Boelhe 

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Peroselo 

Igreja Paroquial de Peroselo

Contexto Histórico da Arte do Barroco  No século XVII, a sensibilidade e a expressão artística evoluíram profundamente. À serenidade  das  formas  clássicas  renascentistas,  sucedeu  o  gosto  pelo  movimento,  pelo  dramatismo  pela  exuberância. Nasceu assim um novo estilo, o barroco.  O  barroco  surgiu  em  Roma  e  espalhou­se  sobretudo  nos  países  católicos  quase  por  toda  a  Europa.  Era um arte espectacular, faustosa, que emocionava a sensibilidade. Por isso servia quer à Igreja,  para  exaltar  a  devoção  dos  fiéis,  quer  aos  monarcas  absolutistas,  para  impressionar  os  seus  súbditos. 

Os arquitectos barrocos­ Barromini, Bernini­ constuiam igrejas com complexos planos circulares  ou  em  elipse.  As  fachadas  e  os  interiores  animavam­se  com  um  complicado  jogo  de  linhas  curvas  e  contra­curvas.  Uma  decoração  opulenta  cobria  todas  as  superfícies.  As  pinturas  dos  tectos , com santos e anjos elevando­os nos céus, criavam a ilusão de um espaço infinito. 

Escultores como Bernini, representavam muitas vezes figuras dramáticas, com  gestos teatrais e  as vestes agitadas pelo movimento.  A  pintura,  ora  se  distinguia  por  uma  brilhante  exuberância  das  cores  e  das  formas,  como  acontece  com  Rubens,  ora  exprimia  uma  forte  densidade  psicológica,  através  de  contrastes  de  luminosidade. Rembrandt, Vermeer, Velásquez, mestres da luz e das sombras. 

O  barroco  foi  também  a  arte  da  encenação  e  do  espectáculo.  O  teatro,  a  música  e  a  ópera  enriqueciam  as  festas  da  corte  e  atraíam  o  público  aristocrata  e  burguês.  No  século  XVIII,  a  música atingiu o máximo expoente com Vivaldi, Bach e o génio incomparável de Mozart. 

Em  Portugal,  o  barroco  manifestou­se,  desde  o  século  XVII,  na  literatura,  nas  artes,  na  pompa  das cerimónias públicas, atingindo no tempo de D. João V, o seu pleno florescimento. 

No Sul, uma das  mais ricas construções barrocas é, a Basílica de Santa Engrácia em Lisboa e o  Convento de Mafra.  No Norte; Igreja dos Clérigos no Porto e solar de Mateus em Vila Real.  A  escultura  é  uma  das  manifestações  mais  ricas  do  barroco  decorativo,  a  esplendorosa  talha  dourada  que  cobre  os  retábulos  e  os  altares  das  igrejas,  um  pouco  por  todo  o  país.  O  azulejo,  género tipicamente português, atingiu nesta época um extraordinário desenvolvimento. 

Convento de Mafra 

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Capela da Nossa Senhora 

Construção de 1710.  Capela lateral da Nossa Senhora da Conceição da Igreja Paroquial de Peroselo, toda revestida a  talha dourada e azulejos policromados. 

A escultura de talha produzida no século XVII E XVIII deve ser entendida como uma expressão  artística,  inserida  no  espírito  da  Contra  Reforma  do  Concílio  de  Trento.  È  uma  arte  sacra  ao  serviço  da  comunicação  e  complementa  ao  mesmo  tempo  os  textos  bíblicos  pela  oração.  Esta  arte procura criar ambientes místicos capazes de cativar e extasiar os fies. 

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Actividades 

Depois  da  visita  a  esta  capela  e  com  as  explicações dadas pelo teu professor, já  deves ser  capaz  de  responder  a  algumas  questões,  relacionados com o movimento artístico Barroco.

Prenche  o seguinte quadro: ·  Localiza  no  tempo  e  no  espaço  o  surgimento  do  movimento  artístico  barroco

·  Com  base  na  capela  de  nossa  Senhora  da  Conceição,  refere  algumas  alguns  elementos  que  caracterizam  a  escultura  barroca.

·  Indica 

o  reinado  português  em  que  se  verificou  um  maior  esplendor  artístico  barroco.

·  Explica  de  que  forma  deve  ser  entendida  a  decoração  de  talha  barroca  nas igrejas. 

Contexto Histór ico da Ar te Megalítica 

Os    seres  humanos  não  apareceram  na  Terra  num  determinado  momento  que  se  possa  marcar  com  exactidão.  De  facto,  a  espécie    humana  é  o  resultado  de  uma  longa  evolução  física    e  intelectual  que  durou  milhões  de  anos.  A  economia  recolectora    foi  a  principal  forma  de  sobrevivência  dos  seres  humanos  no  Paleolítico.  Neste  período  surgiram  as  primeiras  manifestações artísticas e de culto.  Há  cerca  de  12  mil  anos  verificaram­se  alterações  climáticas  na  Terra  que  favoreceram  o  aparecimento da agricultura, a domesticação de animais  e a sedentarização dos seres humanos,  passando­se assim, do Paleolítico ao Neolítico.  No Neolítico, com a economia de produção surgiram novas actividades artesanais, novas formas  de artísticas e novas formas de culto.  Os  seres  humanos  do  Neolítico  praticavam  cultos  agrários  e  o  culto  aos  mortos.  Relacionado  com este último surgiram as primeiras  formas de arquitectura religiosa e tumular: os megálitos.  São  vários  monumentos  que  fazem  parte  da  Arte  megalítica  :  anta  ou  dólmen,  menir,  alinhamentos ou cromeleques.  A anta ou dólmen, revela vestígios de enterramentos e de ritos funerários, bem como a crença  na vida extra terrena. Constituída por três ou mais pedras ao alto e outra a servir de cobertura, a  anta é o monumento funerário mais comum em Portugal. 

A anta ou dólmen, revela vestígios de enterramentos e de ritos funerários, bem como a crença  na vida extra terrena. Constituída por três ou mais pedras ao alto e outra a servir de cobertura, a  anta é o monumento funerário mais comum em Portugal.  relacionados sobretudo, com o culto dos astros e da natureza.  Cromeleques,  são  agrupamentos  de  menires  em  circulo,  pensa­se  que  seriam  locais  de  rituais  religiosos e de reunião das tribos. 

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Capela de Santa Catarina 

A  pequena  capela  de  Santa  Catarina  possui  características  específicas  que  por  si  proclamam  a  sua antiguidade:  ­Porta românica de arco pleno, simples, soleira rota pelo secular vai­vem dos fiéis, edificada ao  lado dum monumento pré –histórico , talvez uma mamoa destruída, com quatro sepulturas dentro  do seu perímetro exterior, abertas na rocha , duas antropormofas estando uma  mutilada, e duas  em forma de pia, estando uma esmoucada..  No cimo da  fachada da capela,  existe uma  inscrição com a data 1715, que se pensa ser a data  que  corresponde  a  algum  restauro,  porque  segundo  alguns  autores  a  capela  foi  construída  no  século XV.  No largo  da capela, fazia­se a feira mensal de Santa Catarina no dia 24, instituída pela família  dos Brandões, ( contadores do rei na cidade do Porto, morgados de Peroselo e Coreixas). Eram  senhorios  de quase todas as terras de Peroselo, donde recebiam muitos carros de pão, na «casa  do Celeiro» e na « casa da Torre», aqui na mesma freguesia.  Mais  tarde,  a  feira  foi  transferida  para  Coreixas    e  sobre  o  motivo  da  mudança  existem  duas  versões:  Uma,  diz  que  foi  por  os  fregueses  de  Peroselo  fazerem  a  capela  da  Senhora  da  Conceição sem consultar os Brandões; outra, foi por os fregueses não tratarem bem da capela de  Santa  Catarina  fundada  pelos  Brandões,  com  o  devido  cuidado  que  ela  merecia,  pelo  que  desgostosos  mudaram  a  feira  para  Coreixas  e  nunca  mais  voltam  à  freguesia,  obrigando  os  rendeiros de Peroselo a levar os foros a Coreixas.

Luzim 

Menir de Luzim  Lasca megalítica, de 2,20m de altura,  cravada no solo, a dominar uma série  de estancias dolménicas e de cultura  pré­histórica.É vulgarmente conhecido  por Marco de Luzim e foi o primeiro  monumento do género conhecido  em Portugal.   Existem nas imediações  do menir várias mamoas. 

Pegadas de S. Gonçalo  Quatro sinais gravados na pedra, semelhantes  a pegadas de homem com orientação de norte  a sul, e duas de sul a norte; e quatro fossettes,  duas entre as pegadas e duas ao lado. Refere  a lenda que o S:Gonçalo ficou zangado com a  gente de Peroselo, por não lhe deixar construir  ali um mosteiro e se retirou para Amarante. 

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Actividades 

Monumentos megalíticos 

1.1­Menciona  o  período  da  vida  do  Homem,  em  que  surgiram  as  primeiras  manifestações  a  artísticas.  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  1.2­Identifica o tipo de monumentos representados nas imagens.  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  1.3­ Descreve a função de cada monumento.  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________  __________________________________________________________________________ 

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Igreja Românica de S. Gens de Boelhe 

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Contexto Histórico da Arte Românica  Entre  os  séculos  XI  e  XII,  desenvolveu­se  na  Europa  Ocidental  um  estilo  artístico  que  ficou  conhecido  por  estilo  românico  Este  estilo  foi  aplicado  sobretudo  à  construção  de  igrejas,  de  abadias e de  mosteiros. Estes  monumentos traduziam uma  forte religiosidade das populações  e  tinham um aspecto defensivo.  Na arte românica, a escultura e a pintura estavam subordinadas à arquitectura.  A  arte  românica  foi  influenciada    pela  arte  romana:  as  coberturas  dos  edifícios  eram  em  abóbadas; predominavam os arcos de volta perfeita e a planta de cruz latina. 

As principais características deste estilo são: aspecto pesado( tipo fortaleza), grossas paredes de  granito, contrafortes exteriores, grossa colunas interiores, arcos de volta perfeita com esculturas  de figuras bíblicas e outras figuras simbólicas.  As  construções  românicas  eram  autênticas  fortalezas,  servindo  de  lugares  de  defesa.  A  obscuridade  interior  dos  edifícios  religiosos  reflectia  o  ideal  de  espiritualidade  medieval,  de  silêncio e de meditação. 

O  românico  português  foi  aplicado  na  construção  de  sés  e  catedrais  ,  embora  predominasse  a  construção de pequenas igrejas rurais que se desenvolveram essencialmente no norte do país. 

Planta das igrejas românicas 

Interior da igreja românica de Cedofeita, (Porto séculoXII) 

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História da Fundação da Igreja Românica de S.Gens de Boelhe 

Fundada  nos primeiros tempos da Monarquia, esta  igreja é um  marco da reconquista cristã aos  invasores  serracenos.  Subsistem    dúvidas  em  relação  ao  seu  fundador,  sendo  D.Afonso  Henriques  uma  das  hipóteses  colocada,  mas  já  refutada,  uma  vez  que,  como  um  dos  mais  notáveis  conquistadores  da  Península  Ibérica,  delegou  aos  monges  de  S.Bento    e  aos  Cónegos  regrantes  de  Santo  Agostinho  a  tarefa  de  transformar  em  santuários  cristãos  as  mesquitas  que  eram encontradas nos territórios libertados com o intuito de propagar e consolidar a Fé Cristã.  É, então, a D.Mafalda de Sabóia, mulher de D. Afonso Henriques que  se atribui a fundação.  Nesta  época  conturbada,  com  inúmeras  batalhas,  as  rainhas  dedicavam­se  a  apadrinhar  a  reconstrução e criação de instituições religiosas, para garantirem a protecção divina para os seus  maridos guerreiros, dos quais dependia o futuro do reino e o seu próprio futuro.  No entanto, há estudiosos que duvidam desta eventualidade, uma vez que Dona Mafalda faleceu  em 1157 e, pelas características da arquitectura desta igreja, a sua fundação deve ter ocorrido nas  ultimas décadas do século XII.  Mas as evidencias que pode ter sido a D. Mafalda a responsável, pelo menos intelectual por esta  igreja se atentarmos na escolha do orago de S.Gens como seu padroeiro.  Naquela época, S. Gens havia sido canonizado e era quase desconhecido fora da sua região ­ o  sueste de França­ relativamente perto do local onde D.Mafalda, princesa da casa de Sabóia viveu  os primeiros anos da sua vida. D. Mafalda deve ter assistido à glorificação de S.Gens, uma vez  que a popularidade deste santo atraía peregrinações de romeiros de Piemonte e Sabóia.  Assim,  só  a  presença  de  D.Mafalda,  influenciada  na  sua  infância  pelo  entusiasmo  devoto  a  S.Gens, poderá explicar a razão porque em tão remota aldeia portuguesa se presta o culto a um  santo  que  quase  ninguém  conhecia  para  cá  dos  Pirinéus  e  cuja  devoção  apenas  séculos  depois  transpôs as antigas fronteiras da França.  Contudo, não obstante a sua origem, é inegável o mérito ao fundador desta igreja, a iniciativa de  construir numa região ainda carente de habitantes, um a construção invejável, que para além da  sua  função  cristã  evidente,  funcionaria  de  igual  forma  como  pólo  atractivo  para  os  colonos,  importantíssimos para o aproveitamento agrícola de tão valioso solo.  A igreja de Boelhe é, assim, o testemunho do sentimento religioso de tão distantes antepassados  que deram a vida para conquistar aos Infiéis este pedacinho de território e cujo valor vai muito  para além da simples história da humilde população que aí cumpre os seus preceitos religiosos. É  nestes locais convertidos  em santuários que subjaz a pureza e a verdadeira fé, a força da alma e  a essência da espiritualidade que regia a vida dos primeiros cristãos.  A  igreja  de  S.Gens  de  Boelhe  pelo  seu    cariz  religioso  constitui  um  documento  verdadeiro  da  nossa evolução , intelectual e artística. 

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Características arquitectónicas da Igreja Matriz de S.Gens de Boelhe  Exterior   Fachada principal:  Portal de três arquivoltas de toros salientes  em arcos levemente quebrados, assentes em  seis colunas trabalhadas 

Tímpano liso apoiado no primeiro par de colunas. 

Ábacos e capiteis bem ornamentados com motivos  geométricos, fitomórficos e zoomórficos. 

Sobre o portal, uma fresta quase atinge o ângulo do beirado.  Uma cruz pátea e no ângulo Sul, o campanário primitivo. 

Fachadas laterais:  Quatro frestas laterais (duas a norte e duas a sul) 

Cornijas talhadas corridas sobre cachorros: a sul  com pequenas hemisferas. 

A Norte uma linha de estrelas;  Cachorros a norte quase todos eles  apresentam figuras antropomórficas  e  cabeças de touros. 

A Sul, só três apresentam este tipo de ornamento. 

Portas laterais singelas. Vãos protegidos por arcos de descarga. 

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Cabeceira: 

Planta rectangular, situada  a Leste e cobertura a duas águas. 

Óculo decorado, que ilumina a nave. 

Cachorradas sob as cornijas laterais 

Interior:  Uma só nave, rectangular; com capela  rectangular. Abre­se a Capela­mor por  um arco cruzeiro modesto, de ponto  subido e por cima deste um óculo decorado. 

Cobertura em madeira, a duas águas.  Iluminam a nave: quatro frestas laterais,  uma outra no topo da Capela ­ mor e o óculo. 

Capela –mor:  Planta rectangular, fresta no topo  e separada da nave por um arco cruzeiro  de ponto subido.

Actividades  O  património  nacional,  regional  ou  local  pode  ser  preservado  de  várias  maneiras.  Conhecer,  divulgar,  restaurar  e  conservar  são  as  principais  formas  de  protecção do património.

1­A igreja românica de S.Gens de Boelhe é considerada   património nacional. Faz também parte  dos 21 monumentos que integram «A Rota do Românico do Vale do Sousa».  1.1­ Explica por tuas palavras a importância da preservação do património histórico do teu meio  local/regional.  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  1.2­ Refere as principais características da arquitectura românica da Igreja de S.Gens.  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  1.3­Procura nas paredes da igreja de S.Gens as siglas dos construtores (canteiros) e desenha­as  no espaço abaixo. 

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Registo da Visita  Hoje,__/___/___, visitei_________________________________________________________.  Ao longo da visita tive oportunidade de ver__________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  O que mais gostei foi____________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________,  Porque________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  ComentárioGeral:_______________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________  _____________________________________________________________________________ 

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Composição 

Na tua escola elabora um texto onde refiras o que viste e sentiste durante a visita. Para a sua  realização  deves  ter  em  atenção  os  pontos  que  se  seguem,  pois  estes  poderão  desenvolver  e  enriquecer a tua composição:  

1.  Local;  2.  Data;  3. Como estava o dia;  4. Durante a visita o que viste para além dos monumentos;  5. Qual foi a sensação de estar em contacto com o património da tua região.  6. O que pensas dos monumentos.  7. Achas que os monumentos que viste devem de ser conservados? Como?  8. O que mais gostaste de ver;  9. O que achaste da visita; voltavas a repetir;  10.Aconselharias outras pessoas a fazer esta visita, diz porquê? 

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Bibliografia 

Boletim Municipal de Cultura, Arrifana  de Sousa _Villa, 3.ªSérie­ n.4/5 , 1987/88  Roteiro 97 – Vale do Sousa ­ Páginas Verdes  Guias de Turismo, 1942­ Penafiel ­A cidade ­ O Concelho  Revista do Poder Local, Um Concelho em movimento, Douro Editora,1996  Portugal  Económico,  Monumental,  e  Artístico,  Fascículo  L  ­  Concelho  e  Cidade  de  Penafiel,  Editorial Lusitana  Canedo, Flávia; e outros ­  O Cantar da História, Associação Coro Gregoriano de Penafiel  Igreja de S.Gens de Boelhe­ Livraria Editora ­ Sólivros de Portugal  Sousa, António;  e outros – Temas Penafidelenses,Vol.IV,Penafiel,1991  Cidade de Penafiel, Boletim Cultural de Penafiel, Câmara Municipal de Penafiel, 1931  Cidade de Penafiel, Boletim Cultural, Câmara Minicipal de Penafiel, nº.1, 1936  Cidade de Penafiel, Boletim Cultural, Câmara Minicipal de Penafiel, nº1,1979  Cidade de Penafiel, Boletim Cultural, Câmara Minicipal de Penafiel, nº32,1982  Cidade de Penafiel, Boletim Cultural, Câmara Minicipal de Penafiel,nº1,1995  Neves, Pedro Almiro; e outros­ Novo Clube de História , Porto Editora,2002  Barreira, Aníbal; e outros­ Rumos da História 7, Edições Asa,2002  Diniz, Maria Emília; e outros, ­ História 8, Editorial o Livro, 1998

Ficha Técnica 

Título: Rota do saber – Património do Vale do Sousa  Cur so: Rota do românico do Vale do Sousa – Instituição Adersousa  Orientadora de Seminário: Doutora Márcia Barros  Autor: Maria Cândida da Silva Gomes  Fotografia: Maria Cândida da Silva Gomes  Imagens: Retiradas da bibliografia  Infor mática: Maria Cândida da Silva Gomes  Redacção: Maria Cândida da Silva Gomes  Agradecimentos: A todos os  formadores do curso do Românico do Vale do Sousa,  em especial  à  orientadora  do  Seminário,  Doutora  Márcia  Silva  por  todo  o  apoio  prestado;  à  Institução  Adersousa  por  me  ter  permitido  frequentar  o  curso  e  aos  responsáveis  pelos  serviços  da  Biblioteca Municipal de Penafiel.  Data:21/01/2006

Índice  Introdução………………………………………………………………………………….2  Mapa do Concelho de Penafiel…………………………………………………………….3  Mapa da rota de Peroselo, Luzim, Boelhe………………………………………………....4  Igreja Paroquial de Peroselo……………………………………………………………….5  Contexto Histórico Arte Barroca…………………………………………………………..6  Capela da Nossa Senhora da Conceição……………………………………………………7  Actividades………………………………………………………………………………....8  Contexto Histórico da Arte Megalítica……………………………………………………..9  Capela de Santa Catarina…………………………………………………………………..10  Luzim­ Menir………………………………………………………………………………11  Actividades………………………………………………………………………………...12  Boelhe­ Igreja Românica de S.Gens……………………………………………………….13  Contexto Histórico da Arte Românica……………………………………………………..14  História da Fundação da Igreja Românica de S. Gens de Boelhe………………………….15  Características da Arquitectura Românica…………………………………………………16  Actividades…………………………………………………………………………………18  Registo da Visita……………………………………………………………………………19  Composição…………………………………………………………………………………20  Bibliografia…………………………………………………………………………………21  Ficha Técnica……………………………………………………………………………….22

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