a primavera na cidade-jardim

July 22, 2018 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Nas adja- cências também se encontra a antiga sede do Grande Hotel Maringá, depois. Hotel Bandeirantes, edifício de gran...

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A PRIMAVERA NA CIDADE-JARDIM – RECONQUISTA DOS ESPAÇOS URBANOS E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO QUESTÕES VIÁRIAS • A Avenida Papa João XXIII funciona como obstáculo em todo o perímetro da Praça da Catedral, tornando os bordos da praça locais pouco atrativos em relação a seu centro, nas proximidades da Catedral. • A Avenida Cerro Azul, que chega à praça pelo sudeste, tem interrupção brusca em suas calçadas e ciclovia, despejando o pedestre e o ciclista que por ali chegam inseguros em relação à transposição da Avenida Papa João XXIII para acesso à praça. Pela Rua Monte Pascoal, que teria potencial de integração da Praça da Catedral com a área do Bosque II, sequer há travessia sinalizada. • Entre as duas praças do conjunto, a Avenida Tiradentes representa nova barreira. A sua travessia é sinalizada em três pontos, contudo, há diferença de nível e de piso, além de o ponto central de travessia ter dimensões exíguas para o que se propõe.

É proposta uma interferência na paginação do piso da Praça Deputado Renato Celidônio, de modo a recriar visualmente o eixo da Rua Arthur Thomas, agora peadonal. Esse mesmo piso seguirá no trecho desta rua entre as avenidas Duque de Caxias e Herval, além das ruas laterais à praça, em frente ao Hotel Bandeirantes e ao Fórum. Esse novo traçado terá uso compartilhado e acesso de automóveis apenas para trânsito local.

O projeto propõe a criação de travessias elevadas, em mesmo material da calçada, em três pontos na Av. Papa João XXIII, junto ao cruzamento com a Av. Cerro Azul e com a Rua Monte Pascoal, e dois pontos de travessia elevada sobre o Eixo Monumental, na travessia da Av. Tiradentes e Av. XV de Novembro. Essas travessias são a mais eficaz, fluida, gentil e segura forma de dar continuidade e naturalidade a caminhos pedonais em travessia, uma vez que a mudança de piso, o desnível e a falta da sinalização tradicional fazem com que o motorista reduza sua velocidade, estabeleça contato visual e dê a preferência. Mais do que isso, contribui para romper com o imaginário coletivo de que o espaço da rua é sinônimo de espaço carroçável e, portanto, proibido ao pedestre.

• Nas laterais da Praça Dep. Renato Celidônio, os dois bolsões de estacionamento funcionam como barreiras na relação da praça com os edifícios adjacentes, além de interferirem negativamente na própria imagem dos prédios, transformando seu principal acesso e ponto de vista em área “de serviço”. Isso ocorre com maior gravidade na frente do Hotel Bandeirantes. • A interrupção total da Rua Arthur Thomas pelo piso da praça prejudica a compreensão daquele espaço como um lugar único e acolhedor. Esse fenômeno é agravado pelo fato de a rua ter se transformado também em bolsão de estacionamento, em seu trecho em frente à Prefeitura. • Na Avenida XV de Novembro e em toda travessia de avenida transversal ao eixo, repetem-se as colocações feitas em relação à Avenida Tiradentes. Neste caso, há o caráter de barreira em relação à continuidade do espaço do pedestre, que é intensificado pelo grande bolsão de estacionamento, exatamente no eixo, que contribui negativamente tanto para a segurança quanto para a leitura do conjunto.

Centro Cívico e Religioso: Praça da Catedral e Praça Deputado Renato Celidônio ANIMAÇÃO E DIVERSIDADE

MATERIAIS E TEXTURAS

Os espaços públicos compreendidos pela Praça da Catedral e pela Praça Deputado Renato Celidônio integram-se aos edifícios públicos mais importantes do município, como a Prefeitura, a Câmara de Vereadores e o Fórum, além da icônica Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. Nas adjacências também se encontra a antiga sede do Grande Hotel Maringá, depois Hotel Bandeirantes, edifício de grande notoriedade.

Neste trecho temos a grama, na forração da Praça da Catedral, o revestimento cerâmico esmaltado, no piso da Praça Dep. Renato Celidônio, e o concreto, da Catedral monumental e do obelisco do centro de convivência, além dos calçamentos cimentícios e de blocos intertravados também presentes em trechos de calçadas.

A Praça Dep. Renato Celidônio deverá deixar de receber eventos itinerantes, que passarão a acontecer no Novo Centro. Deste modo, a potência como pólo atrativo de movimento fica comprometida. Entretanto, existe grande potencial para que essa perda seja remediada pelo uso da Praça da Catedral como “parque aberto”, desde que a integração entre as duas praças se dê de modo natural e sem obstáculos.

O concreto está empregado em escala adequada, em pisos de caminhos lineares, sem configurar grandes esplanadas áridas, à exceção do entorno imediato da Catedral, apropriado devido ao caráter monumental do edifício.

As praças deverão funcionar em conjunto, desempenhando função de lazer voltado à contemplação e ao descanso, especialmente durante fins de semana e feriados. Em dias úteis, o movimento dos escritórios públicos e de caminhantes, corredores e ciclistas garante a vitalidade do espaço. Em dias de eventos cívicos e religiosos, acolherão grande número de pessoas. O partido adotado mantém as áreas de grandes pisos existentes, que julgamos de proporções adequadas a sua importância e ao seu uso. É também mantida o gramado ao redor da catedral, que desempenha bem o papel de “parque”.

A grama é pisoteável e ampara muito bem o uso que se pretende.

O piso no entorno da catedral será mantido e o mesmo material será utilizado no alargamento da calçada junto à Avenida João XXIII e na criação de caminhos acessíveis em substituição aos atuais. Já nos trechos de ruas compartilhadas e travessias elevadas é proposta a pavimentação com blocos de concreto maiores, que mantêm a permeabilidade e resistem melhor ao movimento de veículos.

Na travessia junto à Avenida Cerro Azul, é proposta a continuidade da ciclovia, prevendo que siga a norte por todo o trecho do Eixo, em traçado a ser refinado no PlanMob e em consultas à população.

Para os trechos de ciclovia onde não há pavimentação é proposto o uso de concreto pigmentado vermelho. Nos trechos em que o piso já existe, será feita a sinalização de faixa. O piso cerâmico permite grafismos e cores e compõe subespaços de maneira sutil, sem configurar barreira em nenhum momento – exceto no eixo da Rua Arthur Thomas, quando compromete a leitura do piso. O projeto propõe que seja recuperado, exceto no trecho da Rua Arthur Thomas. Um material notável, por sua ausência, é a madeira. A presença mais marcante da madeira é, paradoxalmente, nas marcas de tábuas de formas impressas no concreto aparente da Catedral. A madeira impressa no concreto remete poeticamente à velha igreja matriz, construída em madeira. A citação à madeira no concreto é muito apreciada pela cultura arquitetônica moderna da “Escola Paulista”, por conta de seu expoente principal, o curitibano João Batista Vilanova Artigas. Entretanto, infelizmente, não há mais referências à madeira na área, seja como método construtivo de edificação, como revestimento ou como mobiliário. Em todas essas situações predomina o concreto, o metal e a alvenaria. Assim, nesta proposta, a madeira deverá ser utilizada no mobiliário, na sinalização e nos equipamentos, de modo racional e com papel estrutural, a partir de projetos específicos. Tem-se a reminiscência do material outrora abundante na arquitetura paranaense e o estímulo à produção local de artigos em madeira. CIDADE-JARDIM As praças possuem maciços arbóreos com portes variados e é possível identificar uma intenção na composição do plantio. Contudo, na Praça da Catedral essa intenção é mais forte, posto que é um espaço cuja principal função é a contemplação. Já na Praça Deputado Renato Celidônio, foram conformados espaços de permanência e sombra. Com o tempo, as composições enfraqueceram e há canteiros concretados onde houve supressão de árvores e conflito de raízes com piso e de ramos com fiação aérea. Nossa proposta é o replantio das árvores nos canteiros fechados e a abertura de canteiros mais generosos, com proteção de grades metálicas sobre a terra junto à base das árvores. Este elemento dá espaço às raízes sem comprometer o movimento de pessoas e, sendo ele um detalhe cuidadoso, cumpre também o papel de valor a intervenção.

EQUIPAMENTOS A Praça Deputado Renato Celidônio já dispõe de um Centro de Convivência com banheiros públicos. Também conta com espaços de permanência e sombra bem distribuídos. Em contrapartida, o espaço da Praça da Catedral é carente de tais amenidades, sendo os serviços existentes (McDonald’s, loja de conveniências e restaurantes junto ao Posto Catedral) segregados em relação ao espaço da praça pela Avenida Papa João XXIII, que tem grande movimento e poucos pontos de travessia sinalizada. No projeto são propostos dois quiosques junto às travessias elevadas na Avenida Papa João XXIII, com espaços de alimentação, banheiro, paraciclos, espaços de estar e sombra. Tais equipamentos funcionarão em complemento ao centro de convivência da Praça Deputado Renato Celidônio, porém sem a pretensão escultórica deste. Pelo contrário, propusemos estruturas discretas e simples, que não comprometam a visão do edifício da catedral. Também não propusemos banheiros subterrâneos, que trariam complicações desnecessárias à execução e à operação.

AV. HERVAL

Nos trechos das ruas laterais, será permitido o estacionamento regulamentado, em mesmo número de vagas atualmente existente, porém esta não será mais a função primária destes espaços. A mesma situação é proposta para o bolsão central de estacionamento junto à Av. XV de Novembro. Se propõe uma travessia elevada e as vagas existirão, mas essa não será a função principal desses espaços e o seu uso como estacionamento deverá ser gerido de modo a liberar o máximo possível de espaço para as pessoas e o mínimo necessário para os automóveis.

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