2016 Didática na Escola Bíblica Dominical

March 7, 2017 | Author: Maria Eduarda Aldeia Tomé | Category: N/A
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2016 Didática na Escola Bíblica Dominical

Alexandre dos Santos Departamento de Educação Cristã 16/03/2016

Saudações em Cristo É com grande contentamento e gratidão a Deus que compartilhamos com todos os amados irmãos obreiros, uma porção do conhecimento que Deus nos tem concedido, adquiridos nos muitos anos a frente de uma classe de escola bíblica dominical. Em um mundo onde há muitas controvérsias em torno da palavra de Deus, é imperioso que saibamos manejar bem a palavra da verdade e nos apropriarmos de boas ferramentas para não só transmitir, mas ensinar, com o objetivo de obtermos o maior aproveitamento possível no reino de Deus, fortalecendo o corpo de Cristo para que Deus seja glorificado. É com esse desejo que ministraremos o assunto Didática na EBD, onde procuraremos demonstrar métodos recursos didáticos que auxiliarão o professor a executar com mais eficácia a nobre tarefa de lecionar as lições contidas na Palavra de Deus. Esperamos atender, na direção do Espírito Santo, os anseios dos obreiros que estão comprometidos com a obra do Senhor e sentem em seu coração a chama ardendo, desejosos em fazer o melhor para o Mestre Jesus. Ao Deus Onipotente, honras e glórias eternamente, amém. Pb. Alexandre dos Santos

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Didática Conceito Resumidamente a didática pode ser conceituada como a arte de ensinar por meio de métodos e técnicas dirigidas, com a finalidade de atingir um objetivo na aprendizagem do aluno. Segundo o Pr. Antônio Gilberto (2005, pg 201) “o professor deve conhecer a fundo não só aquilo que vai ensinar, mas também como ensina-lo”. É aqui que os métodos e recursos didáticos são de grande utilidade. Outra definição de didática é da professora Simone Regina do Nascimento Santos (2013, pg 107) “didática pode ser definida como a técnica de estimular, dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do homem. No processo de ensino e aprendizagem, é extremamente importante responder a duas perguntas, a primeira é: como o aluno irá aprender, e a segunda não menos importante é: como o professor irá ensinar? Essas duas perguntas respondidas definem as estratégias de ensino e aprendizagem para uma boa EBD. A finalidade principal da didática na EBD é moldar a lição conforme a necessidade do aluno e nunca o inverso, exigindo do aluno que o mesmo venha se adaptar a lição ou mesmo a conveniência do professor. Os vários métodos e recursos que podemos utilizar são para atingir os sentidos físicos do aluno. Segundo o Pr. Antônio Gilberto (2005, pg188) “todo estímulo assim recebido, provoca na alma uma reação ou reflexo, resultando daí o nosso comportamento diário”. O ensino chega a mente pelos sentidos físicos, inspiração divina e revelação divina. Desta maneira, os estilos de aprendizagem utilizam 03 formas de percepção de informações e são elas:  Visual: faz uso da visão como meio de obter e reter as informações;  Auditivo: vale-se da audição para absorver informações e;  Cinestésico: aproveita-se dos sentidos relacionados ao movimento para guardar informações.

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Cada indivíduo, em regra, tem predominância em um destes (predominância, e não totalidade). Predominantemente Predominanteme nas salas de aulas de EBD, considerando os grupos de adolescentes, jovens e adultos adultos, a forma de percepção mais explorada é a auditiva. O método expositivo é o mais utilizado. É importante empregar métodos de ensino que utilizem simultaneamente recursos orais e visuais. O quadro a seguir ilustra essa necessidade.

Uma aula requer uma combinação dos vários métodos e recursos de ensino que, utilizados de maneira adequada, tornarão torna a aprendizagem mais eficiente, atingindo um maior número de pessoa pessoas. As aulas ganharão mais dinamismo, aumentando a satisfação dos alunos. Então, quais métodos eu devo utilizar? A escolha e a utilização de vários métodos e recursos dependem de alguns fatores como:  A faixa etária dos alunos, pois cada grupo de idade tem suas uas próprias características, físicas, mentais, sociais e espirituais. Se formos mais a fundo nos detalhes, dentro de cada grupo temos pessoas diferentes um umas das outras.  O material e equipamentos a serem utilizado.  Tempo de duração da aula, na EBD é aproximadamente 50min.  As instalações e espaço físico.  O conhecimento do professor sobre o assunto da lição.  Os objetivos da lição. Qual a mensagem que deve ficar “gravada” nos corações. Isso deve direcionar a seleção dos métodos e recursos mais adequados para a aula. Não há condições de se aplicar determinado método, quando alguns desses fatores atores não são considerados ou estão ausentes ausentes. 4

Métodos de Ensino Como já vimos anteriormente, as percepção das informações se dá pelos sentidos físicos que funcionam como um canal de comunicação entre o exterior e a alma. É por meio dos sentidos que interagimos com o mundo a nossa volta. Para o professor obter sucesso em seus ensinos, é necessário que ele conheça métodos para efetivar as suas aulas de maneira que desperte a motivação e o interesse de seus alunos. Conceituamos abaixo alguns métodos. Preleção ou método expositivo É uma exposição do assunto que deve instigar o interesse, a curiosidade e a participação ativa do aluno. Deve haver espaço para o diálogo, o questionamento as reflexões do aluno, considerando seus conhecimentos prévios. É um método que deve ser utilizado em combinação com outros métodos, sozinho ele não traz bons resultados e com alguns recursos didáticos como, por exemplo, o quadro branco. Para as classes infantis é nulo. Perguntas e respostas Também conhecido como método socrático, usado por Sócrates para ativar a curiosidade, despertar o interesse e serve como meio de interação entre aluno e professor. O professor cria a oportunidade de saber se o aluno entendeu a verdade ensinada e com isso pode estimular e orientar o pensamento. Uma pergunta que é bem formulada leva com certeza o aluno a pensar. É preciso observar alguns cuidados na formulação das perguntas:  Faça perguntas resumidas e claras.  Evite perguntas cujas respostas serão sim ou não.  Ao perguntar, dirija-se à classe toda num primeiro momento. Espere alguns momentos dando oportunidade para que os alunos pensem na resposta. Caso não haja respostas, reformule a pergunta e faça novamente. Chame um aluno pelo nome para respondê-la. Chame as pessoas de modo aleatório. 5

 Quando a resposta satisfaz a pergunta, de importância à resposta correta, fazendo com que o aluno sinta-se motivado. Este método leva o aluno a participar ativamente da aula e pode ser usado para todos os grupos de idade. Mas atenção, devemos conduzir este método com todo cuidado, pois uma pergunta com intenção de especular pode entristecer alguém, principalmente os mais velhos. Evite perguntas especulativas. Método de discussão o debate orientado Há uma sequência que deve ser conduzida neste método conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Pergunta

Argumentação

Análise

Resposta

Para a condução deste método subentende-se que os alunos já estão informados sobre o assunto a discutir. É importante que o professor mantenha o equilíbrio das argumentações e tenha total domínio sobre o assunto para não permitir que o tema seja desviado ou que o aluno fale mais tempo que o necessário. Evite assuntos polêmicos que não tenham uma resposta clara e sustentada pela Bíblia. Se o método não for conduzido de forma planejada, resultará em desordem, confusão e aborrecimentos. Método de narração São as histórias narradas que dão clareza a mensagem. Não há outro livro como a Bíblia Sagrada no que se refere a histórias. Jesus se valeu muito desse método. Como histórias, também podemos citar as experiências de vida que tivemos, sendo bem colocada, em um momento oportuno, pode trazer edificação e clareza para muitos assuntos. Deve ser planejado sempre que possível. É importante observar que a história contada não pode tomar todo o tempo da aula, ficando o assunto principal sem ser abordado. Outro ponto importante é que sendo um testemunho ou experiência, devem ser compartilhados com prudência a luz do que se está estudando, ou seja, que tenha conexão com o assunto. 6

Outras histórias que podem ser abordadas é concernente a natureza, bibliografia e os fatos do momento como os descritos em jornais e revistas. Segundo o Pr. Antônio Gilberto (2005, pg. 204) “há três finalidades distintas de uma história”:  Usada como lição em si.  Usada como ilustração como apoio a um tema.  Usada como introdução de uma lição ou tema. Ainda segundo o Pr. Antônio, são 3 as regras básicas para se contar histórias:  Conhecer de fato a história.  Imagine a história, mesmo conhecendo-a.  Viva a história; isto é, “sinta-a” ao conta-la e dramatiza-la. O método de leitura O professor pode solicitar aos alunos que façam a leitura de um texto, procurando na Bíblia. Isso tem um grande valor, e possibilita a participação dos alunos. Quando possível, distribua com antecedência os textos a serem lidos durante a aula. A leitura também pode ser de outra fonte alem da Bíblia. Método de Demonstração Um método por demais eficaz no aprendizado, é o método do exemplo. Ensinar pelo exemplo é, segundo Pr. Antônio Gilberto (2005, pg. 205) “altamente influente e convincente”. É o método do ”faça como eu faço”. Um dos objetivos de Jesus é que seus discípulos reproduzam exatamente o que ele ensinou e fez. “Seja um exemplo para os fieis” aconselha Paulo a Timóteo em 1 Tm 4.12.  Seja pontual.  Não falte sem justificar-se e/ou comunicar o obreiro ou substituto.  Cumpra com sua palavra ao se comprometer com os alunos.  Mantenha a autoridade com mansidão para evitar grosserias ou ser mal interpretado.

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Recursos didáticos São componentes presentes no ambiente de aprendizagem que estimulam o aluno e podem ser: objetos, máquinas, equipamentos, instrumentos, ferramentas, materiais, livros, fitas, cds e dvds de música e vídeo, recursos da natureza e que são empregados no ensino de algum conteúdo ou transmissão de informações. Dessa forma, podemos ver que tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o processo ensino-aprendizagem pode se transformar em um ótimo recurso didático, desde que utilizado de forma adequada e correta. Não podemos nos esquecer de que os recursos didáticos são instrumentos complementares que ajudam a transformar as ideias em fatos e em realidade. Eles auxiliam na transferência de situações, experiências, demonstrações, sons, imagens e fatos para o campo da consciência, onde então eles se transmutam em ideias claras e inteligíveis. Função dos recursos didáticos: 1- Motivar e despertar o interesse dos participantes; 2- Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; 3- Aproximar o participante da realidade; 4- Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; 5- Oferecer informações e dados; 6- Permitir a fixação da aprendizagem; 7- Ilustrar noções mais abstratas; 8- Desenvolver a experimentação concreta. Na escolha e utilização do recurso didático, devem ser observados alguns quesitos de extrema relevância, que são: 1. Nunca utilizar um recurso só porque está na moda; 2. Saber se o local permite ou possibilita o uso do recurso escolhido; 3. Só escolher a técnica ou recurso se tiver absoluto domínio da mesma;

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4. Sempre levar em conta o tempo que um determinado recurso vai exigir para ser aplicado; 5. Na confecção de cartazes, transparências, não dispensar o uso do dicionário; 6. No caso de dúvidas na expressão de alguma ideia,, tente encontrar alternativa; 7. O preparo do material com antecedência possibilita um tempo para consultas; 8. Escolher as ideias que você quer fixar, para que a elaboração do material esteja a serviço dos seus objetivos. A seguir apresentaremos alguns recursos didáticos que podem auxiliar oo professor na escola dominical. Álbum Seriado Caderno aderno com várias folhas fixadas para apresentação sequencial. Permite grande objetividade. Deve ser planejado de forma simples, legível e interessante, com boa distribuição de texto. O álbum seriado facilita o desenvolvimento de ideias com fidelidade na exposição, cria expectativa expectat e organiza os conteúdos. É utilizado também para despertar a atenção, fixar pontos essenciais. Excelente para a visualização de ideias, apresentação de sínteses e conclusões. Cartaz Indicado ndicado para mensagens curtas, com impacto e autoauto explicativas. A letra utilizada deve ser legível. Devido à sua pequena consistência, evite utilizá utilizá-lo em toda a aula. O cartaz deve ser acompanhado de explicação e observações mais detalhadas. Ideal para fechamento de conteúdos. O material de suporte pode ser cartolina, papel pa cartão, papelão. 9

Um revestimento com filme plástico propicia melhor conservação. As cores quentes – vermelho, amarelo, laranja, etc. devem ser usadas, porém não se pode exagerar. Folha Mural Permite a apresentação como um todo, dando flexibilidade ao professor de uma múltipla exploração. Transmite a mensagem com bastante clareza para o aluno, de forma completa

e

confeccionado

consistente. em

Pode

cartolina,

tecido

ser ou

plástico. Flipchart É um tipo de quadro, usado geralmente para exposições didáticas ou apresentações, em que fica preso um bloco de papéis. Deste modo, quando o quadro está cheio, o apresentador simplesmente vira a folha, sem perder tempo apagando o quadro. É um recurso interessante em salas de reuniões de empresas, pois permite posteriormente criar-se um mural, na própria sala, com os dados apresentados. Tem a vantagem de utilizar canetas ou marcadores de tinta, menos alergênicos que o giz, mas consome muito papel, o que tem reflexos sobre os problemas ambientais. Quadro branco Ainda é um recurso muito utilizado pelo professor. É extremamente útil para anotação de nomes,

resumos,

esquemas,

revisões

e

recapitulações. O professor deve ter o cuidado de escrever no quadro de maneira legíveI, com letra

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suficientemente grande, para que todos os alunos possam ler sem dificuldade. Deve ser evitada a sobreposição de anotações ou restos de palavras quando o quadro escolar for apagado, a fim de evitar confusões. Sempre que houver oportunidade, o aluno deve ser convidado a utilizar o quadro escolar. O quadro deve ser colocado em posição que evite reflexos de luz. Quando o professor estiver escrevendo no quadro escolar, deve evitar colocar-se totalmente de costas para a classe, encobrindo o que estiver escrevendo. Deve-se evitar usar o quadro escolar para longas transcrições. O uso exagerado do quadro torna a atividade educativa desinteressante e cansativa. Ao escrever, deve-se começar bem em cima e da esquerda para a direita. Usar letra bem legível, de preferência a letra cursiva, mas se o professor não tiver a letra legível, é preferível utilizar a letra de forma. DataShow e computador Recurso muito utilizado por reunir várias funções audiovisuais que auxiliam e enriquecem as aulas.

A peça mais importante da apresentação é quem está falando; e este, nunca deve ser ofuscado por um recurso áudiovisual. O recurso, escolhido de acordo com o conteúdo, local, etc., deve servir sempre como um suporte à fala, e nunca como objeto principal da exposição. Ele deve servir como um reforço da mensagem, para ressaltando as informações mais importantes, esclarecendo e complementando as partes significativas da apresentação. Quando se tratar de um recurso que utiliza telas ou páginas, pode-se perceber que, após a conclusão do material, sempre será possível reduzir a 11

quantidade das mesmas, sem perder informação. Todos os aspectos importantes devem ser sintetizados dentro do menor número de frases/imagens possível. Isso aumentará a interação com a plateia, pois o expositor não fica tão preso ao recurso. Quando Usar um Recurso Visual Depois da análise do conteúdo a ser exposto, deve-se decidir pelo uso de recursos visuais de acordo com alguns dos seguintes objetivos:  Essenciais;  Expor fazer comparações numéricas;  Apresentar dados estatísticos;  Destacar informações dados técnicos ou científicos;  Informar o lançamento de um novo produto ou serviço;  Ampliar a retenção de informações dos ouvintes durante a fala;  Esclarecer conceitos, procedimentos ou ideias;  Orientar o raciocínio;  Possibilitar a visualização de objetos;  Estabelecer relacionamentos;  Mostrar organogramas; Como Produzir um Bom Visual Para ser considerado de boa qualidade, um bom visual deve atender aos seguintes requisitos:  Apropriado para a circunstância;  Visível para todos os ouvintes;  Esclarecedor sobre o assunto;  Claro, limpo e arejado;  Preciso e eficiente; Dez regras básicas para a produção de um bom visual: 1. coloque um título 2. faça legendas 3. escreva com letras legíveis 12

4. limite a quantidade de tamanho de letras 5. crie frases curtas 6. use poucas linhas 7. use cores 8. apresente apenas uma ideia em cada visual 9. utilize apenas uma ilustração em cada visual 10. retire tudo o que for dispensável ou incompatível com a mensagem Tipos de Visual De acordo com as características da informação, o visual pode ser elaborado de diversas formas. Os mais comuns são:  tabela;  gráfico de barras;  gráfico setorial (pizza);  gráfico de linhas;  mapa;  fluxogramas;  desenho;  relação de itens.

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Considerações Finais Nada poderá substituir o domínio do assunto, a graça e a sabedoria dadas por Deus através do seu Espírito Santo. Sempre seremos dependentes Dele, e tudo que fizermos e prepararmos que seja para edificação da Noiva de Cristo e para Glória de Deus. A dedicação ao ensino é um requisito básico para o pleno êxito da obra de Deus, conscientes que receberemos mais duro juízo. Continue nobre obreiro, se aperfeiçoando na presença de Deus e na sua Palavra, seja incansável em buscar, e grande será o vosso galardão.

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Bibliografia Silva, Antônio Gilberto da – MANUAL DA ESCOLA DOMINICAL DOM – Edição Atualizada e Ampliada - CPAD – 28ª Edição – 2005. Polito, Reinaldo - RECURSOS SOS AUDIOVISUAIS NAS APRESENTAÇÕES DE SUCESSO – 5ª Edição rev. atual. E ampl. – Saraiva - 2003. https://pt.wikipedia.org/wiki/Flipchart .acesso em 14/03/16. 14/03/16 Santos, Simone Regina do Nascimento, - EDUCAÇÃO CRISTÃ – Curso Básico em Teologia – ETEBRAS – Escola Teológica Brasileira Brasi – 4ª Edição – 2013.

Contato: Pb.: Alexandre dos Santos Fone: 47-91695748 [email protected] m www.facebook.com/tandedsantos

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